A gestão Doria/Covas, que recorrentemente alegou falta de verbas para ações e investimentos em São Paulo, garantiu R$ 20 bilhões em isenções fiscais para empresários.
O valor representa cerca de 20% do orçamento total da cidade em 2017 e 2018. Ao fiscalizar a movimentação da gestão Doria/Covas, o Tribunal de Contas do Município exigiu o detalhamento dos registros contábeis e das empresas beneficiadas pelas isenções.
O emprego dessa renúncia fiscal, sem transparência, também se estende ao Estado, uma prática comum nas gestões tucanas. Para se ter uma ideia, só em 2018, São Paulo deixou de arrecadar R$ 20,45 bilhões, apenas um pouco menos do que o Orçamento Estadual da Saúde do mesmo ano, R$ 23 milhões.
Os números revelam que a melhoria da vida da população de São Paulo não é a prioridade para a gestão Doria/Covas. Escanteada das políticas e refém do desmonte dos serviços públicos, é da população que esse governo mais tira: aumentou a passagem de ônibus e o IPTU; cortou linhas de ônibus, SAMU, unidades de Saúde e o salário dos servidores públicos.
“O projeto liderado por Doria e Covas é de completo desmonte e revela o total descompromisso com a população de São Paulo. Tudo que realizam é em benefício de quem tem mais. Não bastasse tantos cortes, desmonte e desemprego, a partir de segunda (1 de junho) os paulistanos terão que desembolsar cerca de 5% a mais se quiserem trafegar pelas rodovias do estado, porque os pedágios ficarão mais caros. Ou seja, eles privatizam, entregam nosso patrimônio e ainda cobram taxas exorbitantes da população”, externou o vereador Celso Giannazi.
Pacotão de maldades
Um recado evidente desta política nefasta é a aprovação, na quarta-feira (26), do Pacotão de Maldades (PL 616/2018) de Bruno Covas pela base do governo na Câmara. Giannazi votou contra o Projeto que ataca e desrespeita os servidores municipais e profissionais da Educação com os “reajustes” absurdos de 0,01% e 3,03%, respectivamente, e com a criação de falsa Bonificação por Resultados (BR), que destina à todos os servidores somente R$ 200 milhões.
O Prefeito Bruno Covas destina somente esse valor para todo o conjunto de servidores, que, cabe relembrar, já foram atacados no começo do ano com a confiscação de 3% dos seus salários através do SampaPrev. Ao mesmo tempo em que isenta quase R$ 20 milhões da classe de empresários, Covas trata a população à base de migalhas e desmonta o serviço público da cidade.
“A gestão Doria/Covas sucateia a Educação, a Saúde, a Assistência Social, a Acessibilidade e a Mobilidade tanto da cidade como do Estado de São Paulo. Nosso mandato seguirá em luta contra essas administrações e se manterá firme na luta pela população paulista e paulistana”, reiterou o vereador Giannazi.
Com informações do Brasil de Fato.