Sob o lema “criança também luta”, alunos de escolas municipais protestaram em frente à prefeitura de São Paulo e à Câmara, na região central, nesta quarta-feira (30), para exigir mais espaços de lazer na cidade e atenção do poder público ao ensino do município.
As crianças e adolescentes se queixam da falta de acessibilidade e de professores, infraestrutura danificada, e contra projeto sancionado pelo prefeito Bruno Covas (PSDB) que autoriza a venda de 41 terrenos públicos, incluindo duas áreas que sediam escolas.
A marcha das crianças é uma realização do Conselho Mirim, um grupo de alunos formados por estudantes de 6 a 14 anos de diversas instituições de ensino público da capital paulista, idealizado pelo vereador Celso Giannazi (PSOL).
“Criança, na verdade, não é um vir a ser. Elas são sujeitos de direitos, com desejos, necessidades, são potentes demais e entendem o que está acontecendo na escola, quais são as necessidades que nós temos e elas têm o direito de falar”, destaca a professora Cláudia Maria dos Santos Guiral, que acompanhava a manifestação, à repórter Dayane Ponte, do Seu Jornal, da TVT.
Com palavras de ordem como “vou lutar e resistir”, os estudantes saíram em passeata da Câmara até a prefeitura, onde foram recebidos para realizarem a entrega de um documento com a reivindicação de melhorias em escolas e parques.
“A gente espera que a voz das crianças seja ouvida na construção do orçamento da nossa cidade”, explica a supervisora da Diretoria Regional de Educação (DRE) do Ipiranga, Luciene Cavalcante da Silva. A estudante Luíza Cavalcante Oliveira, de 11 anos, destacou a importância do ato. “É legal saber que a gente está lutando por todo mundo.”