O ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou nesta segunda-feira (16) um pacote de medidas que pretende injetar R$ 147,3 bilhões, nos próximos três meses, para combater os efeitos da crise causada pela pandemia de coronavírus. Contudo, como diz o diretor técnico do Dieese, Fausto Augusto Júnior, em entrevista ao Jornal Brasil Atual tais ações são insuficientes porque não contemplam os trabalhadores que vivem na informalidade, que já sentem os efeitos imediatos da perda de renda.
Por isso, com o intuito de proteger os trabalhadores informais, que são os mais afetados economicamente pelo surto do novo coronavírus que o vereador Celso Giannazi criou um abaixo-assinado para exigir que os governos Federal, Estadual e Municipal criem um programa emergencial para socorrer financeiramente os trabalhadores e trabalhadoras da economia informal, professores particulares e autônomos, trabalhadores de aplicativos, diaristas, músicos, profissionais da cultura e do entretenimento, autônomos em geral e etc.
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Assim, como o Governo Federal já está socorrendo a Bolsa de Valores, empresas aéreas, bancos e os grandes empresários, terá também que injetar recursos para socorrer o população que já está sofrendo no bolso os efeitos do coronavírus e da crise econômica. É preciso tomar medidas que atendam aqueles trabalhadores que vendem produtos ou que prestam serviços nas ruas, e que tiveram as suas atividades suspensas por conta das ações de isolamento visando a contenção da disseminação do coronavírus.
O Bolsa Família seria uma das alternativas para atender os informais. Guedes anunciou R$ 3,1 bilhões para reforçar o programa, mas, segundo o diretor do Dieese, apenas liberação de recursos não resolve. É preciso contratar servidores que possam resolver a fila de pessoas que esperam pelo benefício, que chega a mais de 1 milhão de pessoas.
Vale lembrar que os recursos de R$ 4,5 bilhões destinados à Saúde também são escassos. Além disso, o Teto de Gastos e a Lei de Responsabilidade Fiscal, impedem que a União, estados e municípios elevem os gastos no combate à doença.