De olho na reeleição de Bruno Covas (PSDB), João Doria (PSDB) anunciou repasses para a Prefeitura que somam mais de R$ 500 milhões. O chamado “pacote de parcerias” será aplicado em áreas classificadas como mais problemáticas da gestão municipal.
Serão R$ 220 milhões para investimentos em obras viárias e de R$ 330 milhões em ajuda de custeio para as áreas da Saúde, Assistência social e Trabalho.
A gestão Doria/Covas acha que nossa memória é falha. Somente em um ano de gestão, Covas cortou mais de R$ 240 milhões da Assistência Social e da Saúde; reduziu em 37,7% os investimentos na construção de hospitais; cortou o orçamento para combate à enchente em 34%; cortou R$ 66 milhões do orçamento que seria destinado à construção de corredores de ônibus e recapeamento de asfalto, uma queda de 56% na construção de corredores de ônibus; cortou as integrações do Bilhete Único prejudicando 1,2 milhão paulistanos; e cortou 150 linhas de ônibus.
“Esse movimento da gestão Doria/Covas confirma nossa denúncia que os cortes foram para fazer caixa e agora serão aplicados para embelezar a cidade e garantir sua reeleição. Nunca é demais lembrar que ao mesmo tempo que cortava o orçamento dos serviços públicos, a gestão Doria/Covas aumentava em 300% os gastos com contratações emergenciais (Em 2016, gastou R$ 307 milhões, em 2018 foi R$ 1,2 bilhão). Ou seja, farra com dinheiro público”, criticou o vereador Celso Giannazi.
O “pacote de parcerias” da gestão Doria/Covas ainda transfere para o Estado a gestão dos hospitais de Parelheiros e de Ermelino Matarazzo, repasse de recursos para o atendimentos à população de rua no Parque Dom Pedro, no centro da cidade, e recursos para 12 mil vagas em cursos de capacitação para desempregados. Ficará com João Doria o custeio do censo para a população de rua.
Doria citou ainda parcerias na área da educação, com a integração de matriculas e a migração gradual de alunos do ensino fundamental da rede estadual para a rede municipal.
“Lembrando que a gestão Doria/Covas ainda coleciona os cortes de 35% na construção de Centros de Educação Infantil (CEI) e 71% na construção de Escolas Municipais de Educação Infantil (EMEI).
Prefeitura tem dinheiro sim!
Embora a gestão alegue problemas financeiros na Prefeitura, o aumento da arrecadação municipal foi de 8,9% em 2017 e de 5% em 2018, superando as expectativas da Secretaria Municipal da Fazenda. Mas serviu apenas para que a gestão fizesse o maior caixa dos últimos seis anos: R$ 10,8 bilhões parados na Prefeitura sem justificativa.