Essa tem sido a realidade nas linhas privatizadas do metrô e da CPTM: ausência de segurança, trens descarrilados e passageiros sendo forçados a transitarem a pé por uma plataforma suspensa entre os trilhos.
Agora, a consequência mais trágica dessa política de abandono se concretizou: a morte de um trabalhador. Lourivaldo Ferreira Silva Nepomuceno, pai de três filhos, foi brutalmente esmagado entre o trem e a plataforma na Linha Lilás, operada pela ViaMobilidade.
Um sistema mínimo de sensores poderia ter evitado a tragédia mas, na lógica da privatização, o lucro vem antes da vida dos trabalhadores. Isso só evidencia o descompromisso da ViaMobilidade e do governador Tarcísio de Freitas com padrões básicos de segurança e prevenção de acidentes.
Diante dessa grave falha, o vereador Celso Giannazi, o deputado estadual Carlos Giannazi e a deputada federal Luciene Cavalcante acionaram o Ministério Público de São Paulo. O objetivo é responsabilizar a concessionária e o Governo do Estado por negligência e pedir:
- Abertura de investigação;
- Indenização integral à família da vítima;
- Instalação imediata de sensores de presença e demais mecanismos de segurança em todas as plataformas;
- Revisão dos contratos de concessão.