“Ontem, dia 19 de março de 2023, um homem de 45 anos morreu após cair no Centro Temporário de Acolhimento – CTA Água Rasa, na zona leste de São Paulo. De acordo com a Polícia Militar, o albergado caiu de uma escada dentro do abrigo. Uma ambulância do Resgate do Corpo de Bombeiros o socorreu, levando-o para o Hospital João 23, localizado no bairro da Mooca. Uma testemunha relatou que o homem caiu de costas e bateu a nuca em um dos degraus da escada, abrindo um corte na cabeça. Ainda, a testemunha disse que os socorristas dos bombeiros estiveram no CTA Água Rasa e realizaram manobras para reanimar a vítima, que deixou o local já desacordada”, diz a representação enviada ao Ministério Público (MP) pelo vereador Celso Giannazi e pelos deputados Carlos Giannazi e Luciene Cavalcante.
“Apesar de ter lamentado a morte do albergado, a Prefeitura de São Paulo nada fez para evitar a tragédia já anunciada. Muito pelo contrário: a Gestão Ricardo Nunes confirmou a existência de graves problemas de estrutura no abrigo, prometeu desativá-lo e transferir todos os seus usuários até sábado (18), mas não o fez. Isso significa que, se a Prefeitura tivesse realizado a desativação no sábado (18), o homem não teria morrido no dia seguinte (19)”, acrescenta a representação conjunta.
A representação encaminhada ao MP pede a investigação dos fatos e ainda exige a imediata desativação do CTA Água Rasa. Uma ação com o mesmo teor foi enviada ao Tribunal de Contas do Município (TCM) pedindo uma vistoria em todos os centros de acolhimento da cidade de São Paulo. A Prefeitura tem o dever de promover a dignidade da pessoa humana e a eliminação da pobreza.