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Foto de NEOSiAM  2021/Pexels
Foto de NEOSiAM 2021/Pexels

A edição de 2019 do Atlas da Violência, estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) e pelo Fórum da Segurança Pública, revelou os principais alvos do aumento de homicídios no Brasil: negros, jovens, população LGBTI+ e mulheres.

Segundo o levantamento, feito a partir de registros oficiais do Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde, houve 65.602 casos de violência letal no Brasil em 2017. Cerca de 179 por dia.

Os números, já preocupantes quando absolutos, ficam ainda mais assustadores quando detalhados.

Do total de homicídios, 37.783 foram de jovens entre 15 e 29 anos. De 2007 a 2017, o aumento dos casos de violência letal de jovens foi de 35,1%. No que diz respeito à violência contra a mulher, o número de homicídios femininos também cresceu. Em 2017, houve cerca de 13 assassinatos de mulheres por dia, totalizando 4.936 mortas, maior registro desde 2007.

Das mulheres vítimas homicídio em 2017, 66% eram negras. A desigualdade racial nesses indicadores de violência é totalmente expressiva: no ano, 75,5% das vítimas de homicídios no Brasil eram negras. No intervalo de 2007 a 2017, a taxa de negros vítimas de violência letal aumentou 33,1%, enquanto, para não-negros, o crescimento foi de 3,3%.

O levantamento mapeou que 6% do PIB nacional é destinado para gastos associados à violência. No Estado de São Paulo, a taxa de mortes violentas aumentou 13,4% de 2016 para 2017.

“A realidade brasileira, retratada pelo Atlas da Violência, é totalmente alarmante. O país precisa embasar e repensar políticas públicas a partir dos dados evidenciados pelo estudo. É inaceitável que o Brasil apresente esses dados absurdos de violência letal e essa delineação do perfil dos assassinatos. É aterrorizador”, denuncia o vereador Celso Giannazi.

Acesse o Atlas da Violência em: http://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=34784&Itemid=432