A pesquisa “Viver em São Paulo’, realizada pela rede Nossa São Paulo, corresponde a uma série de pesquisas que ilustram dados sobre a percepção dos paulistanos em relação a temas importantes que afetam a vida na capital paulista. Um desses levantamentos, feito em 2018, com o tema “Assistência Social na Cidade” traz informações importantes para entendermos a fundo quais as demandas dos cidadãos, revelando as prioridades e falhas da gestão Bruno Covas.
Entre os assuntos está a questão da dependência química e a situação na chamada Cracolândia. Entre as medidas mais apresentadas pelos entrevistados para resolver a situação estão: o combate ao tráfico de drogas (59%), seguido pelo desenvolvimento de políticas públicas de atuação conjunta de diversas áreas como saúde, educação e assistência social, respectivamente (53%).
Tais dados revelam que, além do combate tradicional ao tráfico, a grande maioria da população também acredita em políticas sociais para vencer o adoecimento da população vítima da dependência química, ampliando a rede de acolhimento e desenvolvendo ações de redução de danos aos usuários. Nesse sentido invés de propor internações em massa, como Covas vem fazendo na segunda fase do programa Redenção, é dever da Prefeitura ampliar a assistência social para os dependentes químicos, focando na redução de danos e na reinserção do indivíduo na sociedade.
A questão dos moradores de rua frente ao abandono da prefeitura
A pesquisa também versa sobre a população em situação de rua e, de modo geral, políticas de habitação e de atendimento socioassistencial são indicadas por cerca de dois terços dos paulistanos, segundo o relatório. Ou seja, a população está bastante aberta para as políticas públicas como principal medida para melhorar a qualidade de vida dos moradores de rua, sendo moradia e atendimento socioassistencial as principais. Na contramão do que demandam os cidadãos, a prefeitura segue negligenciando essa pauta, ao passo que o número de moradores em situação de rua aumentou 88% desde 2015, chegando a 105,3 mil pessoas nas calçadas da cidade.
Paulistanos também reivindicam maior combate a violência doméstica
Acerca do tema de violência contra a mulher a maioria dos paulistanos (53%) enxerga como prioridade a ampliação das penas a quem comete violência contra a mulher, um visível reflexo da falta de delegacias especializadas, que são apenas 9 na cidade inteira. Além disso, saídas assistenciais também são citadas como prioridade, principalmente em regiões socialmente vulneráveis como na Zona Sul onde a ampliação dos serviços de proteção às mulheres em situação de violência em todas as regiões da cidade é a maior prioridade, com 53% de apoio. Frente a isso que nosso mandato propõe o PL 798/17 que cria o Programa de Combate ao Assédio Sexual no Transporte Coletivo em São Paulo.
Renda Básica de Cidadania também é prioridade
Outro dado revelador é o de que a maioria dos paulistanos é a favor da Renda Básica de Cidadania, na contramão do pensamento privatista e individualista da Gestão Bruno Covas. Entre os entrevistados, 55% se manifestou a favor da proposta de lei para garantir um benefício de renda básica a qualquer residente em São Paulo a mais de 5 anos.
Nesse sentido, a pesquisa revela que os paulistanos demonstram grande interesse em medidas garantidoras de cidadania, seja através das mais diversas políticas públicas de saúde, educação e reestruturação social, seja com investimento direto como proposta de Renda Básica de Cidadania. Tais valores não são plenamente contemplados pela Gestão Covas e por isso que nosso mandato segue na luta para a garantia de uma cidade que escute seus cidadãos e forneça os serviços públicos necessários para a garantia de todos os direitos.