A Gestão Covas alcança mais um dado alarmante para a cidade de São Paulo: pela primeira vez desde 2013, a cidade de São Paulo termina o semestre letivo com menos crianças matriculadas em creches municipais do que havia no semestre anterior. Segundo balanço divulgado pela Secretaria Municipal de Educação nesta quinta-feira (04/07), 333.876 crianças matriculadas em creches da rede paulistana até o fim de junho, enquanto em dezembro de 2018, o número era de 333.922 matriculados — uma redução de 46 vagas.
Não bastasse esta ser primeira vez em seis anos, que a cidade termina o período com menos crianças inscritas do que no semestre anterior, ainda há um déficit de 48.910 vagas de creche em São Paulo, segundo o mesmo balanço. Ou seja, a Prefeitura está indo na contramão do acordo acordo assinado em 2017 com o Tribunal de Justiça em que se comprometeu a criar 85.500 vagas em creches até dezembro de 2020
Esse era o número de vagas prometidas por Doria no seu Plano de Metas, quando o então prefeito também afirmou algumas vezes que zeraria a fila nas creches. Para realizar o previsto no Termo de Ajustamento de Conduta homologado há dois anos, Covas terá que criar mais 35.803 vagas em creches, caso contrário isso implicará em multa e processo de improbidade administrativa contra a Gestão Dória/Covas.
Especialistas em educação já apontam para a falta de prioridade das creches no planejamento da educação no município. “Isso tem um impacto muito concreto, em primeiro lugar no direito da criança à educação. Em segundo lugar porque acaba por limitar radicalmente as estratégias de ocupação familiar. Os pais não conseguem se organizar para trabalhar ou estudar sem saber se o filho terá uma creche”, afirma o educador Daniel Cara, coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação.
Por isso, nosso mandato segue lutando por um maior acesso à educação pública, gratuita e de qualidade. Sendo assim, é preciso que a Prefeitura faça investimentos diretos na ampliação das vagas das creches construindo novas unidades em áreas de periferia, e ampliando a rede própria, ao invés da conveniada.
Além disso, é necessário ouvir os alunos, professores e demais profissionais da educação para que as políticas públicas para o setor funcionem de maneira efetiva. Nesse sentido, o mandato de Celso Giannazi segue criando espaços dentro da Câmara Municipal, como o Conselho Mirim e o Conselho da EJA para formular soluções juntamente com os profissionais que lutam diariamente por uma educação mais ampla e inclusiva.