O descaso e o sucateamento da Saúde em São Paulo resultam em retrocessos para a população! Dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) revelam que 363 paulistanos foram vítimas de sarampo, sendo que 226 foram identificados somente neste mês de julho, uma alta de 164,9% na capital paulista, e 800 casos ainda estão em investigação.
A volta de São Paulo ao mapa do Sarampo em 2018 é prova da ineficiência da gestão tucana. No Estado, são 484 casos confirmados em 2019, o que representa 82% de todos os registros de sarampo no Brasil. De 7 de junho a 17 de julho, os casos da doença no Estado saltaram 586%, de 51 para 350 ocorrências.
Além disso, cerca de 2,1 milhões de jovens entre 15 e 29 anos (75% do total) que vivem na capital paulista não foram imunizados contra o sarampo na infância. Essa faixa-etária representa metade dos casos da cidade de São Paulo.
O vereador Celso Giannazi é membro titular da Comissão de Saúde da Câmara e tem denunciado, contundentemente, o sucateamento da Saúde de São Paulo pela gestão Doria/Covas. “Um absurdo o que essa gestão tucana tem realizado em nossa cidade e Estado. Não é apenas o desmonte, é, sobretudo, a ampliação do risco de morte da população”, reiterou Giannazi.
Acúmulo de retrocessos
O restante do país também está sob alerta. Em abril, o Ministério da Saúde foi notificado sobre o retorno do Brasil para a lista dos países em alerta para o Sarampo. A notícia é recebida após os sucessivos cortes da gestão Michel Temer, que são ampliados por Jair Bolsonaro no governo federal. De fevereiro de 2018 — quando foi registrada a primeira reincidência de sarampo no país — a janeiro de 2019, foram registrados 10.274 novos casos no Brasil.
O aumento dos casos, a falta de políticas públicas de prevenção e a descrença e o abandono de campanhas de vacinação custaram ao Brasil a perda do certificado de erradicação do sarampo, recebido em 2016. E nesse cenário de surto da doença, Jair Bolsonaro não apresenta nenhuma proposta para prevenir ou combater a contaminação e sequer menciona a realidade do sarampo no Brasil.
Covas abandona o povo paulistano
Na cidade de São Paulo, Bruno Covas esperou a doença se espalhar para começar a se preocupar com o surto de sarampo na cidade. A campanha de vacinação começou apenas em 10 de junho e atingiu somente 6% da população-alvo (jovens de 15 a 29 anos). Além disso, postos de saúde e recomendações da Prefeitura divergem sobre quem deve tomar as vacinas e quais os documentos necessários para a vacinação, conforme denunciam paulistanos e paulistanas.
Com informações do UOL, Agora São Paulo e G1.