O Programa Verde Amarelo foi criado pelo governo Bolsonaro com a ilusão de gerar 1,8 milhão de vagas de emprego a partir da desobrigação das empresas de pagarem encargos trabalhistas. A argumentação desse programa é baseada em medidas que comprovadamente não funcionam para geração de empregos e só beneficiam as empresas.
O desemprego de jovens no Brasil é um problema antigo. No segundo trimestre de 2019 o desemprego entre pessoas de 19 a 24 anos era de 30%. Uma das maiores médias nacionais.
O absurdo programa pretende reduzir quase 40% dos custos para o empregador que contratar jovens. Quem é o beneficiado disso se não o empregador?
Após a Reforma Trabalhista de Michel Temer, diversos encargos trabalhistas tiveram sua obrigatoriedade cortada, com a mesma falácia de geração de empregos. O Brasil nunca teve um índice tão alto de desempregados como no período em que a Reforma entrou em prática, e o programa de Bolsonaro pretende cortar ainda mais direitos trabalhistas, dessa vez mirando especificamente os jovens.
É evidente que a política de cortes de encargos trabalhistas beneficia apenas as empresas empregadoras com a economia nos pagamentos, enquanto isso quem sofre é a população sem emprego, passando fome e sem condições dignas de moradia.
Ampliação de programas sociais é a chave para geração de empregos para jovens
A saída para o alto desemprego de jovens é o incentivo de programas que beneficiem-nos, mas a política de Bolsonaro e seus aliados é de cada vez mais cortes em programas sociais.
Em 2017, 16 milhões de pessoas viviam com a renda de R$ 140 mensais, valor de extrema pobreza. Entre essas pessoas, estão inclusos pais e mães de família, fato que impossibilita os filhos a desenvolverem suas capacidades intelectuais nas escolas por terem que se preocupar com outras coisas senão o estudo. Resultado: má formação acadêmica para os filhos de famílias pobres.
A ampliação de programas como o Bolsa Família ajuda as famílias a se manterem e garante a permanência dos jovens nas escolas. A melhor maneira de se preparar o jovem para o mercado de trabalho é o investimento na educação dele. Com o incentivo de programas sociais, os jovens poderão se especializar, conseguir e se manter em empregos melhores, para assim terem mais oportunidades de emprego e garantir melhores condições para suas famílias.
A desoneração de encargos trabalhistas apenas precariza as condições de trabalho do jovem, amplia a informalidade empregatícia e aumenta ainda mais a rotatividade sem a garantia de permanência no emprego.