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Imagem: Freepik
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Com uma nova atribuição, criada em meio à pandemia do coronavírus, médicos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), temem que a população da cidade de São Paulo fique desassistida exatamente no momento em que mais precisa. Afinal, agora eles precisam atestar mortes fora do ambiente hospitalar. O problema é que isso irá sobrecarregar esses profissionais quando eles deveriam, mais do nunca, estarem focados nos casos de urgência. E as consequências dessa decisão irresponsável do governador João Doria já estão aparecendo…

“Entre as queixas, ocorrências de urgência e emergência que mereciam a atenção de médicos ficaram sem atendimento ou foram atendidas por auxiliares de enfermagem. Duas delas, que não foram atendidas, ocorreram na zona oeste e os médicos estavam empenhados nos atestados de óbitos”, denuncia reportagem da Folha de S. Paulo de segunda-feira, 13.

“Outra reclamação foi em relação à central de regulação do Samu_SP, que estava destreinada e sem saber o que repassar às equipes. Por exemplo, funcionários ordenaram às equipes que fizessem declaração de óbitos de mortes suspeitas, o que cabe ao IML”, acrescenta a repórter Patrícia Pasquini na mesma matéria.

Memorial

Se não bastasse a incompetência de certos “gestores”, esses trabalhadores assumem riscos para garantir o bem-estar do restante da população. E isso precisa ser lembrado. E reverenciado. O médico socorrista Paulo Fernando Moreira Palazzo, 56, foi a primeira morte confirmada entre os profissionais do Samu em decorrência do coronavírus. Em homenagem ao colega, profissionais do Samu fizeram um sirenaço em 5 de abril.

Com informações do UOL