Testar e vacinar crianças e adolescentes é a saída para garantir segurança sanitária nas aulas presenciais.
Testar e vacinar crianças e adolescentes é a saída para garantir segurança sanitária nas aulas presenciais.

Mesmo com a vacinação lenta e a pandemia ainda em descontrole, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou em entrevista coletiva na quarta-feira, 16, que as aulas presencias poderão ter 100% da capacidade das salas em agosto.

O governador também anunciou a disponibilização de 3 milhões de testes para estudantes e educadores. Porém, em todo o estado, há cerca de 3,5 milhões de alunos, sem contar os milhares de trabalhadores da educação.

A decisão de Doria se demonstra precoce e irresponsável, já que a vacinação dos profissionais da educação precisa ser inteiramente concluída (aplicação da 1ª e 2ª dose), os estudantes não possuem uma previsão para serem imunizados e os testes são escassos.

Um estudo da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, prevê que, no pior cenário, o Brasil terá um novo pico de quase 4 mil mortes diárias pela covid-19 no Brasil em julho. A projeção também consta que o país poderá ter números de óbitos assustadores em 3 cenários diferentes: 780 mil no mais otimista, 832 mil no cenário atual e 977 mil no mais pessimista.

Os atuais números da crise do coronavírus, que segue em descontrole, demonstram que a pesquisa da universidade americana deverá se concretizar: a pandemia está voltando a se agravar. No dia 16 de junho, o Brasil voltou a registrar uma média diária de 2.000 mortes pela doença após 37 dias e 2.673 novos óbitos em 24h. No interior do estado de São Paulo a lotação dos leitos das unidades de terapia intensiva (UTI) chegou ao seu pior momento e 5.206 pessoas estavam internadas até o dia 13 de junho.

Para prezar pela segurança dos alunos e buscar um retorno às aulas controlado, é preciso realizar testagens em massa em todos os estudantes das redes de ensino. Só assim será possível mapear os casos de covid-19, frear consequentes surtos do vírus nas escolas e garantir a saúde dos estudantes.

Nesse sentido, o vereador Celso Giannazi apresentou um Projeto de Lei (PL 394/21) que obriga a testagem constante de TODOS os alunos da rede municipal. O projeto também autoriza a vacinação de jovens e adolescentes de 12 a 17 anos.

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Giannazi também enfatiza que a Prefeitura de São Paulo precisa organizar e montar uma logística completa para que as testagens não sejam iguais às testagens da morte promovidas nos CEU’s, que geraram extensas filas e aglomerações. O vereador denunciou esse absurdo ao Ministério Público.