Em três anos e três meses, o Desgoverno teve quatro antiministros da Educação. Conheça-os. O último, Victor Godoy, acaba de ser nomeado oficialmente. Os nomes mudam, mas a política de destruição segue a mesma, pois Bolsonaro governa de mãos dadas com o CENTRÃO. Conheça os casos de corrupção que têm como alvo o dinheiro da Educação:
Pastores no MEC
Em áudios vazados pela imprensa, o ex-ministro Milton Ribeiro, declarou que priorizava pedidos de liberação de verba do MEC para municípios indicados por seus colegas pastores. Segundo reportagens, os pastores pediam propina, inclusive em ouro, em troca da liberação de verbas do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação). “Foi um pedido especial que o presidente da República fez para mim sobre a questão do [pastor] Gilmar”, diz Ribeiro no áudio gravado. A situação ainda piora: depois do escândalo, Bolsonaro impôs um sigilo de 100 anos sobre todos os encontros que teve com os pastores no gabinete da presidência. E qual foi sua declaração sobre essa medida absurda? “Em 100 anos vocês descobrirão”.
Escolas fake
O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, autorizou a construção de 2 mil “escolas fake”, abandonando 3,5 mil obras em escolas verdadeiras. Apesar de haver obras paradas, o Centrão deu prioridade à construção de novas escolas, mas repassando recursos insuficientes para sua execução. E quem ganhou com isso? Os deputados que comemoraram e divulgaram a conquista de escolas que na realidade nunca serão construídas. Uma reportagem do UOL, denunciou que Nogueira usou dinheiro da Educação para “turbinar a campanha eleitoral de aliados no seu reduto eleitoral”.
Superfaturamento de ônibus escolares
Conhecido como Bolsolão do Busão, esse escândalo do MEC superfaturou ônibus escolares em mais de R$ 700 milhões. O governo Bolsonaro abriu um processo licitatório que previa pagar R$ 480 mil por ônibus escolar, mas na verdade, cada veículo deveria custar no máximo R$ 270 mil. Comparando o preço que o Desgoverno queria pagar e o preço verdadeiro dos ônibus, há uma diferença enorme de 55%!
Superfaturamento dos kits de robótica
Com os recursos do FNDE, prefeituras compraram kits de robótica 420% mais caros do que valor de mercado. Cada kit foi vendido por 14 mil reais, mas na nota fiscal da empresa, obtida pela Folha de São Paulo, foi pago apenas 2,7 mil reais. As escolas que compraram esses kits não possuem nem mesmo recursos básicos de infraestrutura, muito menos um sistema que suporte aulas de robótica. Mas afinal, qual foi a empresa ligada a esse escândalo? O nome é Megalic. A empresa ligada ao vereador de Maceió, João Catunda, aliado de Arthur Lira, presidente da Câmara, venceu as licitações como intermediária na operação. As prefeituras que adquiriram esses kits são, em sua maioria, de cidades de Alagoas, reduto eleitoral de Lira. Os recursos do FNDE hoje estão sob controle do Centrão. Quem paga a conta da bandalheira é a Educação.