Roberto Castello Branco, atual presidente da Petrobrás, afirmou nesta terça (29) que o vazamento que atinge as praias da região Nordeste é “a maior agressão ambiental sofrida pelo país”. Segundo ele, a empresa vem fornecendo equipamentos de proteção e já destacou dois navios e drones para ajudar nos trabalhos de limpeza.
Servidores do Ibama alertam “colapso da gestão ambiental”
Desde o dia 2 de setembro, o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis) tomou uma série de ações com a Marinha, a ANP (Agência Nacional do Petróleo e Biocombustíveis), a Petrobras e vários órgãos estaduais e municipais relacionados ao meio ambiente para minimizar os impactos do óleo.
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Contudo, até agora, não se sabe a origem do derramamento que já atingiu 268 localidades em 94 municípios. “Na realidade, é impossível combater isso na origem. As empresas de petróleo, a Petrobras, estão preparadas para combater vazamento de petróleo uma vez identificada as fonte do vazamento”, afirmou Castello Branco.
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Ele comparou o impacto ambiental ao acidente em um poço da britânica BP, no Golfo do México, um dos maiores acidentes recentes da indústria do petróleo mundial, e afirmou que esse tipo de desastre “pode colocar em risco até mesmo a sobrevivência de uma companhia”.
Apesar das declarações do presidente da Petrobrás o Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, segue se pronunciando pouco sobre o desastre. Quando o óleo foi detectado Salles estava fora do país, cumprindo agendas não divulgadas oficialmente pelo ministério, e só foi ao Nordeste 38 dias após as primeiras manchas. Além disso, o departamento responsável por definir estratégias para emergências ambientais no MMA ficou sem chefe por seis meses neste ano, e o cargo só foi ocupado 35 dias após o início da crise nas praias do Nordeste, em 4 de outubro.
A Justiça de Alagoas determinou que a União adotasse medidas concretas para diminuir o impacto da poluição no estado. O Ministério Público Federal de Sergipe disse que a União é “omissa” no combate às manchas e pediu que o ministério do Meio Ambiente adotasse medidas do Plano Nacional de Contingência, que não foi acionado. Enquanto isso, Salles colocava sob suspeita o Greenpeace que, segundo ele, tinha um navio na região na época em que se suspeita que o vazamento tenha ocorrido. A entidade rebateu dizendo que o ministro mentiu.