Na cidade de São Paulo, a probabilidade de uma adolescente negra e periférica ser mãe aumentou ao longo dos últimos anos, segundo análise do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância).
O estudo, baseado em dados disponibilizados pelo SUS (Sistema Único de Saúde) e pela Prefeitura de São Paulo, demonstrou que a proporção de bebês de adolescentes negras, entre 15 e 19 anos, passou de 56%, em 2012, para 62% em 2017.
Além disso, esses casos se concentram cada vez mais nas regiões periféricas de São Paulo. Para se ter uma ideia da dimensão da situação, os dez distritos detentores dos piores índices da cidade eram responsáveis por 31% do total de bebês nascidos de mães adolescentes.
“A análise alerta para uma realidade de desigualdade a ser enfrentada e superada em nossa cidade. A falta de políticas públicas, principalmente para as mulheres que vivem na periferia, e a total ausência do Estado para questões urgentes como essa são os grandes responsáveis por esses números”, comenta o vereador Giannazi, membro da Comissão de Saúde, Promoção Social, Trabalho e Mulheres da Câmara Municipal.
Giannazi ainda reforça que políticas públicas voltadas para os direitos das jovens e das mulheres são compromissos firmados pelo nosso mandato.