A crise avança no Brasil e for avassaladora. Estudo do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas revela que os 10% mais ricos já acumulam um aumento de 3,3% de renda do trabalho, já os brasileiros mais vulneráveis amargam uma queda de mais de 20% da renda acumulada.
Se somarmos os últimos sete anos, a renda das camadas mais ricas aumentou 8,5% e a dos mais pobres caiu 14%.
Ou seja, além de superar perdas, essa pequena parcela da população já ganha mais que antes da recessão. O IBGE mostra que a desigualdade se acentua em 2016, com a renda menor entre os trabalhadores.
No fim de março, 13,4 milhões de pessoas estavam desempregadas no Brasil, segundo dados do IBGE.
Vulnerabilidade social
O estudo também mostra que os mais pobres sentem muito mais o impacto da crise pela vulnerabilidade social, rotatividade e desvalorização do trabalho e a e pela dinâmica do mercado de trabalho, sem falar na inércia da gestão Jair Bolsonaro que até o momento não apresentou projeto ou sinalização para superar essa realidade.
“Há menos empresas contratando e demandando trabalho, ao passo que há mais pessoas procurando. Essa dinâmica reforça a posição social relativa de cada um. Quem tem mais experiência e anos de escolaridade acaba se saindo melhor do que quem não tem”, afirmou o pesquisador da FGV, em entrevista ao El País.
Com informações do El País