O governo Bolsonaro anunciou, em abril, corte de 25% do orçamento do Censo 2020, chegando a quase R$ 1 bilhão o valor restringido para a realização da pesquisa. O corte terá impacto direto nas informações e na abrangência dos dados obtidos ao diminuir cerca de 40 perguntas no questionário, não atualizar o catálogo de endereços, entre outras mudanças.
Esse “apagão estatístico” é mais uma medida evidente da política de retrocessos e de valorização da ignorância de Jair Bolsonaro. O Censo é uma fonte de referências para o planejamento e implementação de políticas públicas em diversas áreas, sendo os dados coletados fundamentais para traçar o retrato das condições e necessidades pelo Brasil.
Do formulário, serão retiradas perguntas sobre renda, posse de bens, emigração e aluguel – que poderá, inclusive, causar lacunas de informações e prejuízo irreparável para políticas habitacionais. A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão entrou com ofício, nesta terça (9), para que o Instituto esclareça se essas a ausência dessas questões não afetará os propósitos do levantamento censitário.
“Quando não desacredita ou questiona os dados das pesquisas, Bolsonaro quer o Brasil no escuro! Se o IBGE não mapear quais as necessidades pelo país, o governo vai poder omitir a falta de investimentos em políticas públicas realmente necessárias. É um verdadeiro absurdo!”, critica o vereador Celso Giannazi, membro titular da Comissão de Saúde, Promoção Social, Trabalho e Mulheres da Câmara Municipal de São Paulo.
Com informações do Brasil de Fato.