Bolsonaro trabalha pelo fim da educação básica no Brasil. O governo lançou, no dia 11 de julho, o seu primeiro plano estratégico para a educação básica no país, o Compromisso Nacional pela Educação Básica. O documento é escasso no detalhamento das metas, restringe a construção de escolas a unidades cívico-militares para atender somente 108 mil alunos e não possui uma palavra sequer sobre educação inclusiva e alfabetização.
Apesar de ter se omitido sobre ações voltadas à área por sete meses, Jair Bolsonaro não poupou esforços para desmontar e precarizar o ensino básico do país nesse período. Dos R$ 7,4 bilhões totais cortados do Ministério da Educação e Cultura (MEC), R$ 680 milhões foram bloqueados da educação básica.
Não contente em prejudicar desde o Ensino Infantil até a Pós-Graduação, o governo ainda cortou repasses para a educação básica, esvaziando programas de apoio à educação em tempo integral, ensino técnico, alfabetização e construção de creches.
Agora, a carta compromisso, mesmo que genérica, não tem uma única linha destinada à educação inclusiva e nem à alfabetização. Ambas são metas do Plano Nacional da Educação (metas 4 e 5, respectivamente) e têm realidade e índices no Brasil alarmantes, mas não entram nas prioridades do governo Bolsonaro.
Veja o plano para educação básica apresentado por Bolsonaro: AQUI.
“Ao preferir se preocupar e atender somente 108 mil alunos com a criação dessas escolas cívico-militares, Bolsonaro ignora completamente o universo da educação pública no país: de mais de 2 milhões de crianças fora da escola; de 1,2 milhão de alunos com deficiência renegados das suas metas; e dos mais de 40 milhões de alunos da educação básica que merecem uma educação pública de qualidade. É ultrajante!”, critica o vereador Giannazi, idealizador do Programa Educação em Primeiro Lugar.