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Foto de RODNAE Productions/Pexels
Foto de RODNAE Productions/Pexels

Desde que Jair Bolsonaro assumiu o governo está vigente no Brasil uma perversa “antipolítica” ambiental que autoriza o desmatamento no país. Depois de três anos de queda, os índices de desmatamento voltaram a subir. A caneta de Bolsonaro assina propostas que não atendem ao interesse nacional e nem a um projeto de desenvolvimento sustentável no Brasil.

“Combater o desmatamento não é só dever do Brasil, tem que ser prioridade. A máscara deste governo já caiu! É inaceitável os absurdos cometidos por Jair Bolsonaro contra o meio ambiente e o país como um todo. Não aceitaremos!”, criticou o vereador Celso Giannazi.

Os retrocessos ambientais promovidos neste ano são gritantes. O instituto de pesquisa Imazon, que já tinha anunciado aumento de 54% do desmatamento somente no primeiro mês do governo Bolsonaro, divulgou um relatório que atesta crescimento de 66% no desmatamento na Amazônia Legal em julho deste ano. Só neste mês, cerca de 1.300 km² foram devastados, praticamente a área do município de São Paulo.

Outro órgão já tinha revelado que o desmatamento da Amazônia Legal aumentou neste ano. Algoz recente do governo Bolsonaro, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) demonstrou crescimento do desmatamento de 88% em junho e inacreditáveis 278% em julho. A divulgação desses dados desmascarou as intenções de Bolsonaro, que afirmou que os dados devem passar pelo governo e substituiu o Diretor do Inpe, Ricardo Galvão, por um militar da reserva. Isso é censura!

Para Bolsonaro, se os dados não forem à público, não há desmatamento no Brasil.

Após a eleição de 2018, foi constatado que os municípios que mais desmataram a Amazônia ao longo dos últimos 17 anos elegeram Jair Bolsonaro para presidente. A área total desmatada apenas nesses municípios foi de 155 mil km². Para efeito de comparação, todo Estado de São Paulo possui uma área de 250 mil km². E nos primeiros seis meses deste ano, foram emitidos mais de 2,1 mil alertas ou focos de desmatamento na Amazônia, equivalente a uma área de 443,3 mil km². 

Bolsonaro e seu ministro do Meio Ambiente tenebroso, Ricardo Salles, são abertamente favoráveis à exploração ambiental e impõem seguidos retrocessos à agenda socioambiental brasileira. Os riscos do desmatamento descarado são tão alarmantes que aterrorizam a comunidade internacional, tanto que a Alemanha e a Noruega, responsáveis por 99% do financiamento do Fundo da Amazônia, anunciaram bloqueio dos R$ 300 milhões que destinariam em 2019.

Além disso, o governo transferiu a responsabilidade pela identificação, delimitação e demarcação de Terras Indígenas para o Ministério da Agricultura, comandado pela Tereza Cristina, líder da bancada ruralista e que teve nesta semana uma dívida milionária quitada por um produtor em troca de terreno.