O vereador Celso Giannazi rendeu homenagem a Regina Boni e lhe entregou o Título de Cidadã Paulistana em reconhecimento por sua atuação e contribuição imensurável para a cultura paulistana e brasileira. A solenidade aconteceu na última terça-feira (19), no Salão Nobre da Câmara. O evento teve abertura do cantor e pianista, Zé Manoel e a mesa principal foi composta por Boninho, Vânia Toledo, Jorge Salomão, Sergio Mamberti, Mané Brasil, Mariana Tamborindeguy de Oliveira, Claudio Leal, Solano Ribeiro, José Roberto Aguilar, Renato Braz e o Deputado Estadual Carlos Giannazi.
Confira as fotos da solenidade na galeria abaixo:
Regina Boni é uma das personagens femininas mais marcantes da contracultura paulista. Estilista da Tropicália, criou a roupa futurista de Caetano Veloso na apresentação de “É proibido proibir”, duas batas de Gilberto Gil, vestes de ficção científica dos Mutantes, o vestido de Gal Costa na defesa de “Divino, Maravilhoso”, em 1968, e o exuberante “Meu corpo é Alka-Seltzer num copo d’água”, figurino de Tom Zé na interpretação de “2001”.
Nascida em Juiz de Fora, Minas Gerais, em 6 de julho de 1942, e passou boa parte da juventude no Rio de Janeiro. Mudando-se para São Paulo em 1967. Influenciada pelo disco “Tropicalia ou Panis et Circencis”, Regina Boni aproximou-se do grupo baiano, em São Paulo, e iniciou em 1968 uma parceria interrompida pelo exílio de Gil e Caetano.
Ameaçada por grupos de extremistas, na capital paulista, Regina afastou-se do trabalho de figurinista, mas continuou a colaborar com cantora Gal Costa. Com José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, ex-diretor geral da Globo, ela teve os filhos Boninho, atualmente diretor de núcleo na emissora carioca, e Regina Helena.
A estilista também marcou época em São Paulo com a lendária loja de roupas Ao Dromedário Elegante, que funcionou entre junho de 1969 e março de 1970. A estética tropicalista contaminou a turma da Jovem Guarda: ela costurou roupas para Roberto Carlos e Wanderléa.Também desenhou um figurino para o comunicador Abelardo Barbosa, o “velho guerreiro” Chacrinha. Colaborou, ainda, com o filme “Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-Rosa” (1968), de Roberto Farias, e com os diretores teatrais Antunes Filho e Augusto Boal.