Foto de Anna Shvets: https://www.pexels.com/pt-br/foto/conceitual-abstrato-espaco-do-texto-terra-4167559/
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Os sintomas da Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus, já são conhecidos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que procure ajuda médica quem apresentar tosse, febre e dificuldade para respirar. Mas como proceder se os sintomas surgirem? E que tratamento é recomendado a quem buscar atendimento por suspeita de ter sido infectado com o novo coronavírus?

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A OMS declarou que o mundo enfrenta uma pandemia. Declarar uma pandemia significa dizer que os esforços para conter a expansão mundial do vírus falharam e que a epidemia está fora de controle.

A doença que o vírus provoca é uma infecção respiratória que começa com sintomas como febre e tosse seca e, ao fim de uma semana, pode provocar falta de ar. De acordo com uma análise da OMS baseada no estudo de 56 mil pacientes, 80% dos infectados desenvolvem sintomas leves (febre, tosse e, em alguns casos, pneumonia), 14% sintomas severos (dificuldade em respirar e falta de ar) e 6% doenças sérias (insuficiência pulmonar, choque séptico, falência de órgãos e risco de morte).

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De acordo com informações da BBC News Brasil, as recomendações do Ministério da Saúde, da Organização Mundial da Saúde e de profissionais da saúde especializados indicam que nem todo mundo vai precisar ir ao hospital. No Brasil, o Ministério da Saúde decidiu priorizar o atendimento dos casos suspeitos de coronavírus por meio da atenção primária, ou seja, pelo atendimento inicial, considerado a porta de entrada dos usuários nos sistemas de saúde.

De acordo com o ministério, são 42 mil postos de saúde espalhados pelo país que devem dar conta de responder a cerca de 90% dos casos, na estimativa do ministro Luiz Henrique Mandetta. Os serviços de saúde deverão fazer triagem mais rápida dos casos, para que pessoas com sistemas respiratórios afetados passem menos tempo em salas de espera.

Vacinações devem ser feitas em áreas abertas. A intenção anunciada pela pasta é de ampliar o horário de atendimento nos postos de saúde, facilitando adesão dos municípios ao programa Saúde na Hora. Segundo o ministro, a meta é que 6,7 mil unidades passem a funcionar em horário ampliado, e o ministério disponibilizou cerca de R$ 900 milhões que serão repassados aos municípios de acordo com a expansão da epidemia.

A recomendação do Ministério da Saúde para idosos ou doentes crônicos é a restrição de contato social (viagens, cinema, shoppings, shows e locais com aglomeração), e claro, tomar a vacina contra gripe. Embora a vacina contra a gripe não proteja contra o novo coronavírus, mas, sim, contra tipos de influenza (família à qual pertence o H1N1, por exemplo), pode ajudar profissionais de saúde a diagnosticar – por eliminação – eventuais casos de Covid-19.

E quem precisa ir ao hospital?

Só quem apresentar os sintomas mais graves, como dificuldade para respirar, respiração curta ou falta de oxigenação – que já podem ser sinais de pneumonia, um dos estágios mais graves da covid-19, que é a doença causada pelo novo coronavírus. A opção do governo em priorizar o atendimento em postos de saúde é justamente evitar que se crie uma rede de infectados ainda maior nos hospitais, que concentram maior circulação de vírus e bactérias.

A prioridade é reservar os ambulatórios e leitos dos hospitais para os casos mais graves. “No caso de a pessoa ter febre acima de 38 graus e sintomas respiratórios, essa pessoa deve procurar uma unidade básica de atendimento, que pode tranquilamente ser um posto de saúde. E, chegando a este posto de saúde a pessoa deve se identificar como sintomático respiratório para ser colocado em outra linha de atendimento, que evite a transmissão para outros pacientes”, afirma o infectologista Estevão Portela Nunes, vice-diretor do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, da FioCruz.

Quem tiver dificuldade para respirar, a respiração curta ou fraca vai precisar sim ir ao hospital, orienta o médico da FioCruz. Nos postos de saúde, a orientação para os profissionais é que avaliem rapidamente todas as pessoas que apresentem febre ou dificuldade para respirar, independentemente da idade.

E nos postos de Saúde?

Segundo orientação do ministério para os profissionais que atuam nos postos, a equipe de saúde deve priorizar os casos suspeitos, oferecer uma máscara cirúrgica e isolar tais pacientes em local ventilado em que não haja circulação de pessoas sem proteção. Casos suspeitos de Covid-19 com sintomas mais leves receberão medicamentos para aliviar os sintomas: um analgésico para dor, um antitérmico para a febre. Se a equipe de saúde avaliar que o caso é mais grave, poderá encaminhar o paciente para um pronto atendimento ou para um especialista.

Colapso nos hospitais!

Segundo o Conselho Federal de Medicina, o Brasil possui quase 45 mil leitos de UTI. Pouco menos da metade (49%) está disponível para o SUS e a outra parte é reservada exclusivamente à saúde privada ou suplementar (planos de saúde), que hoje atende a 23% da população.

Com informações do UOL.