Devido a suspensão das aulas por conta do coronavírus, escolas foram obrigadas a adotar um novo sistema para dar continuidade ao calendário escolar: o sistema EaD de Ensino. O problema, é que em um país com tamanha desigualdade como o Brasil, a manutenção desse sistema mais exclui do que inclui, sobretudo na Educação Infantil.
Segundo dados da Prefeitura, do total de um milhão de crianças e adolescentes no Município de São Paulo, 600 mil têm de 0 a 6 anos e 400 mil estão em situação de vulnerabilidade. Além disso, 40% não têm internet em casa ou acesso a computadores.
As escolas são ambientes de socialização, em que o aprendizado está pautado na interação entre as crianças, os professores e o ambiente. O projeto pedagógico das escolas não pode ser substituído por uma tela de computador ou celular.
É necessário também pensar na realidade das famílias brasileiras, que não têm tempo ou condições de acompanharem as crianças em atividades dentro de casa. Muitos alunos dependem do ambiente escolar para se alimentarem ou para que seus pais possam trabalhar. Dessa forma, a efetividade do método EAD acaba sendo barrada pelo obstáculo da desigualdade social no Brasil.
Ao olhar para as crianças nas periferias, populações ribeirinhas, indígenas e quilombolas, não podemos achar que existe uma solução única para garantir a Educação em um país tão diverso. É preciso buscar alternativas que atendam a todos e que não criem mais desigualdades educacionais.
Sempre em luta por uma Educação inclusiva e de qualidade a todos, o vereador Celso Giannazi, ao lado do deputado Carlos Giannazi, discutiu em live com os professores e especialistas Fernando Cássio e Ozani Martiniano sobre o porquê do EaD atacar o projeto pedagógico da Educação. Confira!