Dados do boletim epidemiológico da Prefeitura de São Paulo do dia 30 de abril apontam que o risco de morte de negros por covid-19 é 62% maior em relação aos brancos. No caso dos pardos, esse risco é 23% maior. Tal fator se justifica na segregação histórica, pois, questões socioeconômicas, como saneamento básico precário, insegurança alimentar e dificuldade de acesso à assistência médica, aumentam o risco de adoecer e morrer. Nos Estados Unidos, por exemplo, os negros também estão mais expostos ao novo coronavírus.
As estatísticas fazem parte do 3° Boletim Covid-19 da Secretaria Municipal de Saúde. Essa parte da pesquisa considera o número de óbitos (suspeitos e confirmados) por covid-19 entre brancos, pretos, amarelos, pardos e indígenas, de acordo com a classificação de raça/cor do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Considerando-se 100 mil habitantes na capital, a taxa de mortalidade por idade é de 9,6 para brancos, 15,6 para negros e 11,88 para pardos.
De acordo com o estudo do IBGE chamado “Síntese de indicadores sociais: uma análise das condições de vida da população”, de 2019, a população negra demonstrou os piores indicadores no que tange à estrutura econômica, mercado de trabalho, padrão de vida e distribuição de renda e educação. Ou seja, A desigualdade social é claramente um fator que influencia na dificuldade de exercer o direito à saúde, situação que se agrava ainda mais com UTIs lotadas em toda a cidade.
Frente essa realidade, Giannazi vem tomando medidas para salvaguardar as populações mais vulneráveis à pandemia. Para garantir o isolamento social dos trabalhadores informais, Giannazi apresentou o PL 214/2020 que cria o seguro quarentena para esses profissionais. Além disso, a partir do PL 169/2020, o vereador tem lutado para que serviços básicos como luz, água, gás e energia elétrica não sejam cortados nas residências, mesmo sem o pagamento.
Giannazi também apresentou o PL 172/2020, que propõe a distribuição gratuita de sabonete líquido, álcool gel e demais materiais de higiene pessoal, além da abertura de espaços específicos para o acolhimento da população em situação de rua. No Ministério Público, o vereador também entrou com requerimento para responsabilizar a prefeitura por salvaguardar a vida desses indivíduos.