Com a suspensão das aulas, os profissionais estão parados desde abril e são vítimas da falta de assistência do poder público. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Com a suspensão das aulas, os profissionais estão parados desde abril e são vítimas da falta de assistência do poder público. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Nesta quarta-feira (1), motoristas de vans escolares saíram de madrugada em carreata pela capital paulista até a Assembleia Legislativa, onde realizaram um protesto criticando a falta de assistência do poder público e pediram auxílio financeiro, prorrogação das parcelas dos veículos e isenção de taxas. Depois, à tarde, os motoristas escolares realizaram uma marcha a pé até a avenida Paulista, junto com os entregadores, com cartazes e bandeiras alertando para a causa.

Com a suspensão das aulas, os profissionais estão parados desde abril e são vítimas da falta de assistência do poder público. Os transportadores que prestam serviço para a rede municipal de ensino, tiveram corte de 50% no valor pago em contrato. Os que atendem aos estudantes da rede privada estão, em muitos casos, sem nenhuma fonte de renda.

Na capital paulista são 14.500 motoristas escolares responsáveis por transportar 725 mil crianças. Em todo o território estadual são 45 mil perueiros que levam mais de 2 milhões de estudantes a unidades de ensino. O governo estadual estabeleceu a retomada das aulas presenciais a partir do dia 8 de setembro, mas ainda não existem condições adequadas para o retorno.

Em entrevista ao Agora, o diretor da União Geral do Transporte Escolar de São Paulo, Jorge David (Formiga), explica que “Se as aulas voltarem em setembro como está previsto, precisam lembrar que já estamos no prejuízo há três meses”. Segundo ele, “um veículo escolar que transporta 50 crianças vai voltar, pelo próprio protocolo do governo, com uns 8 alunos, um em cada banco para evitar muito contato. E é claro que os pais não vão pagar se não levarmos os filhos deles. E isso daria ainda mais despesa do que ficar totalmente parado. Está difícil, todos temos nossas contas para pagar”.

Frente ao sofrimento dos trabalhadores de transportes escolares durante o período de paralisação das aulas, o vereador Celso Giannazi apresentou o Projeto de Lei 320/2020, que cria o Programa de Apoio ao Transportador Escolar (PATE).

O PL isenta os trabalhadores de transportes escolares do pagamento dos preços de serviços prestados pela prefeitura da cidade de São Paulo, de taxas no Departamento de Transportes Públicos e da Taxa de Fiscalização de Estabelecimentos. O Projeto ainda acrescenta 2 anos à idade máxima dos veículos, autoriza a contratação dos veículos para ações de combate a COVID-19 e cria um auxílio-emergencial de, no mínim