Nesta terça (7), o vereador Celso Giannazi e o deputado Carlos Giannazi, junto com educadores e educadoras, realizaram ato em frente a Câmara Municipal contra a proposta criminosa de volta às aulas da dupla genocida Doria e Covas.
O ato ocorreu durante Audiência Pública Comissão de Educação, Cultura e Esportes, que contou com a presença do secretário de Educação, Bruno Caetano. Para discutir a irresponsável volta às aulas na cidade que mais concentra mortes e pessoas infectadas por Covid-19.
“As escolas não possuem condições estruturais para retorno em meio à maior crise sanitária do país. João Doria e Bruno Covas querem transformar nossas escolas em campos de contaminação. Uma postura que deixa claro o descaso com as vidas, nossas crianças e os servidores públicos”, destacou o vereador Celso Giannazi.
Confira como foi o ato na Câmara!
Gestão da morte!
A proposta do governador não condiz com a realidade das escolas públicas, e o retorno pode impulsionar o número de mortos pela COVID-19 , pois coloca sob risco de contágio milhões de avós, pais, alunos e profissionais da educação, que fazem parte da comunidade escolar.
E quem são essas pessoas que fazem parte da comunidade escolar da rede pública de ensino? São em sua maioria pobres e negros. São em sua maioria mulheres. Vidas descartáveis para necropolítica de João Doria.
O plano de Doria claramente contempla a realidade das escolas particulares, que fazem lobby pela retomada. Contudo, o plano não considera que faltam nas escolas públicas recursos humanos, materiais e estruturais para promover segurança a todos e todas.
Confira abaixo alguns motivos que explicam os problemas do retorno:
- Escolas superlotadas
A rede estadual e municipal de ensino foi historicamente sucateada e abandonada pelo poder público. Doria fala de distanciamento entre os alunos, mas a realidade é que boa parte das escolas públicas operam normalmente com uma capacidade maior do que a adequada. Ou seja, durante a retomada vão acabar atendendo mais alunos do que o considerado seguro mesmo operando abaixo da capacidade total.
- Limpeza
Não dá pra falar em sanitização adequada dos ambientes escolares se, aqui na Capital por exemplo, Covas cortou os contratos dos funcionários da limpeza, reduzindo o número de funcionários por escola drasticamente. Os trabalhadores que prestam esse serviço, além de diariamente expostos ao vírus, serão ainda mais sobrecarregados.
- Insistência no EaD
O plano prevê o retorno gradual ainda aliado ao ensino remoto. Em seu discurso, Doria mentiu e disse que os 13 milhões de estudantes não pararam pois estavam estudando remotamente. Contudo, dos 3,7 milhões de alunos da capital, somente 1,5 milhão acessaram as aulas online. Doria ignora completamente a parte dos alunos que não conseguem acessar o ensino á distância.
- Ausência de um plano para os alunos com deficiência
Assim como na suspensão das aulas, os alunos com deficiência não tem nenhuma orientação específica no plano de volta às aulas. Os estudantes que são PCD’s seguem invisibilizados pelo poder público e consequentemente ainda mais prejudicados pedagogicamente. Tal ausência é mais um ataque de Covas à educação inclusiva, que é prevista pela Lei de Diretrizes e Bases.