"Quem ensina, aprende ao ensinar. E quem aprende, ensina ao aprender." Paulo Freire (1921-97)
"Quem ensina, aprende ao ensinar. E quem aprende, ensina ao aprender." Paulo Freire (1921-97)

Em 19 de setembro, o nascimento do educador Paulo Freire completará 100 anos. Destacamos, a seguir, datas importantes da sua vida extraordinária.  

1921

Paulo Reglus Neves Freire nasceu em 19 de setembro de 2021 em Recife, Pernambuco. Ele é filho de Joaquim Temístocles Freire, capitão da Polícia Militar, e da dona de casa Edeltrudes Neves Freire. Paulo era o caçula de três irmãos.

1942

Torna-se professor de língua portuguesa no Colégio Oswaldo Cruz, no Recife. A mesma escola na qual havia estudado em sua adolescência.

1944

Casa-se com a professora Elza Maia Costa de Oliveira. Com quem teve cinco filhos e ficou casado por 42 anos.

1947

No mesmo ano em que se forma em Direito, ingressa no recém-criado Serviço Social da Indústria (SESI) como diretor da área Educação e Cultura. Freire praticamente não exerceu a advocacia, teve uma única causa. O educador deveria cobrar uma dívida, mas ficou comovido com a situação do endividado e largou a carreira que mal começava. Seu caminho era mesmo o ensino.

1952
É nomeado Professor da Faculdade de Belas Artes, da Universidade Federal de Pernambuco.

1960
Obtém o título de Doutor em Filosofia e História da Educação.

1963

Em cerca de 40 horas, em uma experiência revolucionária, alfabetiza 300 adultos na cidade de Angicos, no Rio Grande do Norte. Ali nascia o método freiriano.

1964

Treze dias após o Golpe de 1º de abril, o regime militar extingue o Programa Nacional de Alfabetização, que era coordenado por Paulo Freire e inspirado no método de alfabetização criado pelo próprio educador. Perseguido, ele foi preso por 72 dias em Recife. Naquele mesmo ano seria forçado a se exilar. Só retornaria ao Brasil 16 anos depois.

1968

Nesse ano, enquanto estava exilado no Chile, escreve o seu principal livro: “Pedagogia do Oprimido”.

1969

Freire se torna professor visitante da Universidade Harvard (EUA).

1980

Após 16 anos no exílio, com passagens pela Bolívia, Chile, EUA, Suíça, entre outros países, ele retorna ao Brasil. O educador se muda para São Paulo e passa a lecionar na PUC/SP e na Unicamp.

1986

Recebe o Prêmio Unesco da Educação para a Paz. Nesse mesmo ano, falece sua esposa. 

1987

Vira jurado da Unesco, com a missão de escolher e premiar as melhores experiências de alfabetização do mundo.

1988
Casa-se novamente: com Nita Freire.

1989

É nomeado Secretário Municipal de Educação da cidade de São Paulo. Exerce o cargo até 1991.

1997

Morre de ataque cardíaco em 2 de maio, às 6h53, na cidade de São Paulo.