As nove pessoas mais importantes na definição de políticas educacionais não têm experiência e nem conhecimento na área da Educação.
As nove pessoas mais importantes na definição de políticas educacionais não têm experiência e nem conhecimento na área da Educação.

Na atual gestão do Ministério da Educação (MEC) do governo Jair Bolsonaro, as nove pessoas mais importantes na definição de políticas educacionais não têm, em sua maioria, experiência nem conhecimento na área de políticas públicas para a Educação. As informações foram compiladas a partir dos currículos do ministro Abraham Weintraub e de seus oito secretários, obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI).

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Os nomes analisados, além do ministro, são: Antonio Paulo Vogel de Medeiros (secretário executivo), Rodrigo Toledo Cabral Cota (secretário executivo adjunto), Carlos Nadalim (secretário de alfabetização), Jânio Macedo (secretário de Educação Básica), Ariosto Culau (secretário de Educação Profissional e Tecnológica), Ataide Alves (secretário de Regulação e Supervisão da Educação Superior), Arnaldo Barbosa Júnior (secretário de Educação Superior) e Bernardo Goytacazes de Araujo (secretário de Modalidades Especializadas de Educação).

Os números são reveladores e revelam que a lista acima não têm experiência ou vivência para os cargos que ocupam. Quase todas as graduações são em Economia, Direito e Administração. As pós-graduações têm foco em Finanças, Administração e Negócios Internacionais. Eles trabalharam em bancos, corretoras de seguros ou em secretarias e ministérios na área econômica.

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Iletrados em Pedagogia

Ministro da Educação, Abraham Weintraub fez carreira em corretoras de seguros, bancos, como professor de Economia na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e, por último, na Casa Civil. Como professor universitário, nunca publicou nada sobre educação, segundo seu Currículo Lattes, plataforma de currículo acadêmico nacionalmente usada por pesquisadores. O último artigo, de 2016, é sobre inflação — pode ser acessado neste link.

Ao analisar a conformação do MEC sob a gestão de Jair Bolsonaro, o coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, resumiu como uma equipe de “iletrados em Pedagogia”.

Quando da nomeação de Weintraub para o cargo, Cara o classificou como “um ultraliberal no MEC, economista articulador da Reforma da Previdência. O mundo empresarial terá livre acesso aos mais de R$ 100 bilhões da pasta. O Direito à Educação está ainda mais distante de ser consagrado”, alertou.

A linha de atuação preocupa o educador, que vê a nova composição do MEC mais nociva às políticas educacionais do que a anterior, protagonizada pelo colombiano Vélez Rodríguez.

“Embora eu discordasse 100% de sua visão de política educacional e, sem dúvida, Vélez era incompetente em termos de gestão, existia uma possibilidade de saber o que ele pensava, pois ele sistematizou meia dúzia de ideias em novembro de 2018. Já Weintraub pensa em seguir Olavo de Carvalho na pauta da propaganda de governo e implementar a política ultraliberal de Paulo Guedes, que sofre oposição até de figuras neoliberais que o consideram exagerado”, avaliou Cara.

Aluno de Olavo de Carvalho, Weintraub é um dos ministros da ala ideológica do governo de Bolsonaro, ao lado do ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.

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(Foto: GaúchaZH)

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Com informações do Jornal Zero Hora