Na manhã desta terça-feira, 16, o vereador Celso Giannazi e integrantes da comunidade escolar compareceram à Secretaria de Educação para uma reunião com o secretário Fernando Padula, que assumiu o cargo com o novo mandato do prefeito Bruno Covas.
O grupo levou reivindicações ao secretário, como a falta de estrutura nas escolas, deficit de trabalhadores da limpeza e a necessidade urgente de convocações de todos os aprovados em concursos públicos.
Celso Giannazi apresentou ao secretário seu abaixo-assinado contra a volta às aulas presenciais, que conta com 40.081 assinaturas, e expôs os riscos do retorno presencial no momento atual em que o país tem a sua pior média de mortes por COVID-19 desde o início da pandemia, com 1.177. O município de São Paulo acumula quase 600 mil casos confirmados do vírus e 17.975 óbitos segundo dados da Secretaria de Saúde da cidade. O vereador ainda lembrou que o prefeito Bruno Covas foi obrigado a adiar a reabertura de, ao menos, 580 escolas em razão da falta de pessoal e de obras que se arrastam.
“Mostrei ao secretário que há escolas sem a mínima condição de volta às aulas presenciais. A questão da ventilação, a sanitária… é impossível a volta dessa maneira”, pontuou o vereador.
Giannazi esteve acompanhado da professora da rede municipal Simone Cavalcante, a aluna e membra do Conselho Mirim, Luiza Oliveira, e Kleber Rocha do Quadro de Apoio à Educação. Kleber levou demandas do Q.A, como a questão da defasagem dos módulos das escolas e a urgente aprovação do J30, projeto de Celso Giannazi que reduz a carga horária do Quadro de Apoio para 30 horas semanais sem qualquer perda ou prejuízo.
A professora Simone criticou a imposição da volta às aulas por parte de Bruno Covas: “A gente que tá lá no chão da escola sabe que esse protocolo e essa volta às aulas, nesse momento, está bem distante da realidade da escola. Trouxemos uma fala (na reunião) de angústia e preocupação porque a gente sabe que as condições das escolas não permitem uma segurança sanitária”.
A fala da educadora foi corroborada pelo pensamento de Luiza, aluna da rede municipal que também se opõe ao retorno presencial em meio à pandemia: “Nós do Conselho Mirim somos contra a volta às aulas presenciais. Sabemos que nas escolas não estão tendo nem as preocupações básicas, como funcionários da limpeza suficientes.”
A respeito dos cortes nas equipes de limpeza e o deficit de funcionários, Celso Giannazi oficiou todas as DRE’s e após denúncia do vereador, o Ministério Público vai investigar a Prefeitura de São Paulo pelo corte de trabalhadores da limpeza nas escolas.
O vereador segue coletando denúncias sobre problemas nas escolas que inviabilizam o retorno presencial neste momento e visitando-as diariamente. Clique aqui para denunciar também.
Contraiu a covid-19 na escola ou sabe de algum caso de contágio no ambiente escolar? Clique aqui e preencha o formulário (é anônimo e seguro).