O desmonte do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) promovido pela gestão Doria/Covas ameaça diariamente a vida de milhões de paulistanos. Na tarde de ontem, mais uma vítima: Vinicius Rodrigues da Silva, ciclista de 21 anos que ficou esperando por cerca de 40 minutos pelo atendimento do SAMU após ter se acidentado com um ônibus.
A longa espera por atendimento emergencial é mais uma consequência da sanha de cortes do prefeito Bruno Covas. Em fevereiro deste ano, Covas cortou recursos e funcionários do SAMU; fechou 31 bases; diminuiu o tempo de funcionamento de bases de 24 para 12 horas e cortou pela metade o número de ambulâncias (de 122 para 61).
Tudo isso através de uma única canetada: a Portaria 190/2019. E o resultado desse desmonte brutal já está sendo sentido pela população paulistana. Nos primeiros meses de 2019, o tempo de espera em atendimentos de prioridade 1 (quando há risco de morte e necessidade de transporte imediato) foram aumentados pelos cortes de Covas, atingindo em abril o valor recorde de absurdos 36 minutos de espera! Na zona Sul, o tempo de resposta foi 60% mais demorado. A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é que esses chamados sejam atendidos em até 12 minutos.
Para todos os chamados, independente da gravidade, o tempo médio de resposta das ambulâncias do SAMU foi de 90 minutos! E segundo relatório do Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep), houve grande atraso na comunicação com as ambulâncias em 67% dos chamados de socorro entre abril e maio — praticamente em 7 a cada 10.
É inadmissível a maneira como Bruno Covas trata a saúde na cidade de São Paulo. Relatos de atendimentos denunciam esperas de até 24 horas para ambulâncias chegarem! Essa demora é consequência direta do sucateamento da saúde promovido por sua gestão, que já acumula vítimas, como Thiago Oliveira de Jesus, entregador do Rappi falecido semana passada.
O vereador Giannazi, membro titular da Comissão de Saúde da Câmara, repudia o sucateamento da saúde promovido pelo prefeito Bruno Covas, que deve ser responsabilizado pelos resultados de seu desmonte no SAMU.
Com informações do G1 e Agora São Paulo.