O último investimento no serviço funerário foi em 2011, nos últimos 8 anos a prefeitura não investiu nem um centavo no setor. Foto: Rivaldo Gomes. Foto de Ksenia Chernaya/Pexels
O último investimento no serviço funerário foi em 2011, nos últimos 8 anos a prefeitura não investiu nem um centavo no setor. Foto: Rivaldo Gomes. Foto de Ksenia Chernaya/Pexels

Cinco cemitérios em todas as regiões da capital paulista e crematório da Vila Alpina (Zona Leste) sofrem com o abandono e sucateamento da gestão Doria/Covas. São inúmeras as denúncias de violação e de furtos nessas unidades. 

Precariza e Privatiza: PSDB destrói o Serviço Funerário

“São graves as denúncias de que muitas sepulturas, jazigos e ossários estão sendo violados ou danificados. A população também teme pela sensação de insegurança. Esse cenário desolador é fruto da política de investimento ZERO nos serviços funerários”, denuncia Celso Giannazi.

A situação ficará ainda pior após a aprovação do Projeto de Lei 324/2019 que amplia a sanha privatista de Bruno Covas ao entregar à iniciativa os serviços funerários de São Paulo.

Segundo dados do Orçamento Municipal, desde 2016 os investimentos com a manutenção dos cemitérios, velórios e crematórios municipais caíram cerca de 50%. Os investimentos totais nos serviços funerários também caíram nesse período, a Prefeitura deixou de aplicar 54 milhões na área, o que representou um corte de aproximadamente 32%.

O abandono e a falta de segurança também ameaça o patrimônio cultural que está à disposição no cemitério, como é o caso do Cemitério da Consolação, no centro, uma espécie de galeria a céu aberto, com esculturas em bronze, pedra-sabão, mármore e até uma pequena catedral gótica em mármore.

O descaso chega ao ponto de, no início de agosto, o Tribunal de Justiça de São Paulo condenar o Serviço Funerário do Município de São Paulo pela exumação, sem autorização, de dois corpos da mesma família e retirar a concessão perpétua do jazigo da pensionista Eva dos Santos Ribeiro, então com 83 anos, que foi indenizada em apenas 10 mil reais, uma miséria  frente aos danos morais infringidos pela Prefeitura.