Em pesquisa nacional, feita com 2.074 pessoas em 130 municípios, o Datafolha indicou que 86% dos entrevistados avaliam que “as escolas ficam melhores quando incluem alunos com deficiência”. Tal dado revela que o brasileiro, de maneira geral, tende a aprovar a educação inclusiva regulada pela Lei Brasileira de Inclusão, que determina pena de reclusão a gestores de escolas que neguem matrícula a um aluno com deficiência.
O desmonte da inclusão escolar em SP
Outro dado é o de que 76% dos entrevistados “acham que a criança com deficiência aprende mais ao lado de crianças sem deficiência” e 68% se disseram contrários à afirmação de que “a criança com deficiência em sala atrasa o aprendizado das sem deficiência”. Apesar destes dados, a escola inclusiva ainda enfrenta resistência, sobretudo entre organizações privadas e de parte do poder público. Um exemplo disso é o PL 3.803, proposto pelo senador Major Olímpio (PSL) que pretende financiar com dinheiro público instituições para que atendam exclusivamente de alunos com deficiência.
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Tal projeto é um retrocesso porque segrega pela deficiência, viola princípios e acordos vigentes no Brasil, limita aportes essenciais à escola verdadeiramente inclusiva e desconsidera o modelo social da deficiência. Para combater esses ataques a nível municipal, o vereador Celso Giannazi criou o “Conselho de Inclusão Escolar”, iniciativa inédita na Câmara Municipal onde participam mães, pais, ativistas educadores e todos que lutam pelos direitos das pessoas com deficiência para coletar denúncias e elaborar políticas públicas a favor da Educação Inclusiva.
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O Conselho já foi responsável pela aprovação de emenda que estende para 3 meses a licença-paternidade de pais, adotivos ou biológicos, de crianças com deficiência e se reúne mensalmente pela garantia do acesso da criança com deficiência à escola. Tal luta contra a exclusão escolar parte de uma qualificação mais ampla dos professores, e voltada para a educação inclusiva.
Participe do Conselho de Inclusão Escolar!
Esse obstáculo também é apontado na pesquisa, onde 67% dos entrevistados acredita que “falta de formação do professor para tratar com o aluno com deficiência”. Porém, ao mesmo tempo, os pesquisados não consideram que haja resistência à inclusão, uma vez que 71% acham que “o professor tem interesse em ensinar o aluno com deficiência”.
Confira o restante dos dados da pesquisa abaixo: