A gestão Jair Bolsonaro não se cansa de atacar a Educação. Primeiro corta o orçamento e agora devia recursos para pagar salário de oficiais da reserva. Os referidos recursos seriam para custear a tal “escola cívico-militar” e o Ministério da Educação indicou estar previsto R$ 54 milhões por ano.
Está claro que Bolsonaro não compreende a realidade da Educação em um país onde 72% das escolas públicas não possuem biblioteca, a cada 10 escolas, 6 não possuem quadra para prática da educação física, sem falar nas salas superlotadas – a média de alunos por turma, são 32, enquanto no Chile são 27 e Portugal 8.
Mas o governo usará 1 milhão para pagar militares aposentados. Isso demonstra o quanto é absurda achar que o problema da Educação será resolvido com os militares. Isso só é mais uma cortina de fumaça para esconder e não debater os reais problemas e desafios da Educação hoje.
A informação é do próprio Ministério da Educação (MEC), em resposta a um questionamento feito pelo site Fiquem Sabendo , por meio da Lei de Acesso à Informação.
Ainda segundo o ministério, “O custo dos militares que serão contratados na modalidade Prestadores de Tarefa por Tempo Certo (PTTC) baseia-se em 30% da remuneração que o militar recebe na reserva, independente da função que vai exercer ou exercia”. A forma de contratação também prevê o pagamento dos direitos relativos a 13º, férias, transporte e alimentação.
De acordo com reportagem do O Globo, os recursos poderão ser utilizados de duas formas. Na primeira, o MEC repassará os recursos ao Ministério da Defesa para pagamento dos militares que serão alocadas na escola. Na outra forma, o Ministério repassará os recursos à cidade ou ao estado que disponibilizará militares das corporações estaduais às escolas cívico-militares.