Foto de Chris John/Pexels
Foto de Chris John/Pexels

Dados compilados pela Secretária de Assistência de São Paulo no final do ano passado mostram que em 2 anos o total de pessoas abordadas como moradores em situação de rua quase dobrou. A pesquisa também apontou que o desemprego figura como o maior motivo para o aumento, ultrapassando os conflitos familiares.

Somente em 2018, assistentes sociais municipais mapearam cerca de 105,3 mil pessoas nas calçadas da cidade. Esse número é 66% maior do que a quantidade de pessoas abordadas na mesma situação em 2016, quando foram contabilizados 63,2 mil indivíduos, e 88% acima da de 2015.

A situação fica pior quando somamos o desmonte da pasta da Assistência Social de São Paulo. Desde que assumiram a Prefeitura de São Paulo, João Doria e Bruno Covas (PSDB) lideram um desumano desmonte dos serviços públicos e uma das pastas mais atacadas é a da Assistência Social, somente em 2019 foram cortados da Assistência Social mais de R$ 200 milhões.

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Causas?

O aumento alarmante se dá em meio a um Brasil abatido por crises econômicas e por uma ofensiva brutal contra políticas públicas essenciais, de combate à pobreza e distribuição de renda, um país que acumula mais de 12 milhões de desempregados e 54,8 milhões de cidadãos dispondo de R$ 406 ou menos mensais.

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Estudo de 2016, elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) a partir de dados disponibilizados por 1.924 municípios via Censo do Sistema Único de Assistência Social (Censo Suas), que estima em cerca de 102 mil pessoas a população de rua em 2016.

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Desemprego em São Paulo

De acordo com a Pesquisa de Emprego e Desemprego, realizada pela Fundação Seade e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a taxa de desemprego na cidade de São Paulo aumentou 8,1% entre 2016 e 2017. Atualmente, a taxa de desemprego na capital é de 15,4%.