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Em São Paulo e no restante do Brasil, há uma falta crônica de EPI’s para os profissionais da saúde. Foto: Pixabay
Em São Paulo e no restante do Brasil, há uma falta crônica de EPI’s para os profissionais da saúde. Foto: Pixabay

O hematologista e hemoterapeuta Paulo Fernando Moreira Palazzo foi, até o momento, a única morte confirmada pelo coronavírus entre os servidores da Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo. Mas já existem outros sete casos suspeitos. Em nota, a secretaria apresentou outro número assombroso: 1.841 afastamentos por quadros de síndrome respiratória (ou seja: que podem estar relacionados ao vírus). Os dados se referem a 19 hospitais e quatro unidades de Pronto Atendimento. O Hospital do Servidor Público Municipal, por exemplo, já afastou 11 trabalhadores com o diagnóstico positivo para a Covid19.

O vereador Celso Giannazi tem denunciado a falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) para os profissionais da saúde (o que os expõem a um risco INACEITÁVEL de contaminação). Nosso mandato fez um requerimento para que a Câmara Municipal garanta a disponibilização imediata de EPI’s em todas as unidades de saúde da capital paulista. Pela urgência do assunto, também entramos com uma representação junto ao Ministério Público (conheça nossas outras ações na área da saúde).

Cada número é uma vida (e seus laços)

Um levantamento do UOL, feito no começo de abril em nove hospitais particulares e dois públicos da cidade, apontou que 820 trabalhadores foram afastados por estarem contaminados pela Covid19. “O número, porém, deve ser muito maior. A Secretaria Estadual de Saúde, por exemplo, disse que ainda não possui um balanço geral de seus cem hospitais. Algumas instituições particulares não quiseram divulgar a informação ou deram o dado de sua rede em todo o país, sem discriminar os da cidade de São Paulo”, explica reportagem de Nathan Lopes.

Mas como ainda não estamos na fase mais aguda da pandemia no Brasil, os números irão aumentar nas próximas semanas. Na Itália, que retardou medidas de isolamento social e se tornou um exemplo negativo de como lidar com o novo coronavírus, 120 profissionais da saúde já faleceram (94 médicos e 26 enfermeiros). No começo de fevereiro, o médico chinês Li Wenliang, que alertou o mundo sobre a pandemia, faleceu em decorrência do vírus aos 34 anos. Ele era casado e tinha uma filha de cinco anos.

Com informações do Correio Braziliense e UOL