A política entreguista da gestão Doria/Covas está afetando diretamente serviços essenciais para a população paulista. A saúde pública de São Paulo nunca foi tão atacada como nos últimos anos e agora, na maior crise sanitária do século, a população sofre com o a administração da saúde pelo setor privado e o Hospital de Campanha do Anhembi é um exemplo disso.
O Hospital é alvo de críticas por parte dos trabalhadores da saúde e dos pacientes. O Sindicato dos Médicos de SP alegou uma gritante falta de infraestrutura no local. O portal G1 recebeu fotos de profissionais que atuam na linha de frente do combate ao coronavírus que mostram os trabalhadores descansando de forma improvisada.
Ainda na denúncia do Sindicato, profissionais da saúde alegam falta de camas para médicos e enfermeiros dormirem, desrespeitando as normas de segurança e facilitando a contaminação pelo vírus. Segundo o G1, em um grupo de conversa, um funcionário afirmou que só teriam sete camas pra 19 plantonistas. “Vamos dividir as camas que os outros colegas dormiram?”, indagou um outro profissional.
E o absurdo não para por aí. Além da administração desrespeitar os protocolos da Organização Mundial da Saúde e não garantir a segurança dos médicos e enfermeiros, os profissionais da saúde que trabalham no Hospital de Campanha também denunciam ilegalidades nas contratações de funcionários.
De acordo com o sindicato, as duas organizações sociais que administram o hospital, o Iabas e a SPDM, repassaram a contratação dos médicos para uma outra empresa, a OGS Participações Limitada, que repassou a responsabilidade para uma quarta empresa.
Em meio a esses repasses, a denúncia do sindicato alega que para os funcionários serem contratados, eles tinham que obrigatoriamente adquirir cotas de participação das empresas do grupo OGS e assinar um termo para dividir os lucros. Uma completa fraude.
Os profissionais também reclamam da falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), essenciais para a proteção e segurança dos funcionários. À Folha de São Paulo, médicos alegaram que aventais fornecidos não seguem os padrões por terem uma gramatura abaixo da recomendada e, como não são impermeáveis, acabam colocando os trabalhadores em risco. Médicos também denunciaram que, em meio a um vírus que mata um brasileiro por minuto, cada médico fica com mais de 15 pacientes sob seus cuidados, o que sobrecarrega os trabalhos e impede o atendimento ideal.
Gestão Covas deixa mais da metade dos profissionais da saúde trabalhando sem EPIs
O vereador Celso Giannazi, crítico assíduo das privatizações impostas por Doria e Covas, falou sobre a situação do Hospital de Campanha do Anhembi: “O repasse da administração de hospitais para o setor privado é só mais um exemplo do péssimo projeto privatista da gestão Doria/Covas para São Paulo. Burlar leis trabalhistas e sucatear os serviços são a marca dessa gestão e quem paga a conta é a população.”
O Hospital tem capacidade para 1.800 leitos, mas nem metade deles foram utilizados.
Giannazi contra o sucateamento da Saúde
Em sessão plenária virtual, o vereador voltou a denunciar a privataria tucana e o péssimo uso dos recursos da Saúde pela gestão Bruno Covas. Giannazi irá acionar a Secretaria Municipal de Saúde na Comissão de Saúde e cobrar mais fiscalização e transparência. Mais da metade do Orçamento da Saúde de São Paulo foi entregue à iniciativa privada (mais de R$ 5 bilhões nas mãos das OSs).
Desde sua posse como vereador, Giannazi combate o projeto entreguista de Covas e Doria. Em meio à pandemia do coronavírus, o vereador encaminhou uma representação ao Ministério Público solicitando que o governo municipal se responsabilize pela imediata entrega de EPI’S — como máscaras, óculos, luvas, aventais, botas e álcool 70% — para os hospitais e Unidades de Saúde do Município. O MP acolheu a denúncia do mandato e instaurou um inquérito civil para apurar as medidas tomadas pelo Estado e Município de São Paulo.
O vereador também criou a campanha #ReabreJá, pela reabertura de hospitais fechados e conquistou a reabertura de ala fechada do Hospital da Cruz Vermelha e do Hospital Sorocabana. O vereador também lançou a campanha “Cada Banco Adota um Hospital, que cobra dívidas milionárias dos maiores bancos do Brasil com São Paulo e destina estes recursos para o investimento em hospitais públicos.
Diante da evidente precarização de serviços essenciais para a cidade com o projeto de privatização da gestão Doria/Covas, especialmente na área da saúde, Giannazi apresentou o PL 355/2020, que suspende o Plano Municipal de Desestatização (PMD) pelo período da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus e por mais 12 meses após o fim da pandemia.
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