No mesmo dia em que o estado de São Paulo registrou o segundo maior número de novos casos de coronavírus em 24 horas desde o começo da pandemia, o governador João Doria anuncia um plano de reabertura das escolas. Apenas na quarta, 24, foram 9.347 novos casos. A revolta da comunidade escolar foi imediata. O Face do nosso mandato está congestionado de críticas ao prematuro, inviável e irresponsável plano do eterno BolsoDoria.
Como manter o isolamento físico de estudantes em salas de aulas que já sofriam com a superlotação? Como garantir a higienização das escolas se faltam profissionais da limpeza? E aqui cabe uma lembrança: desde o final do ano passado, as escolas estaduais sofrem com falta crônica desses profissionais. Professores e alunos, em diversas ocasiões, foram obrigados a cuidar da limpeza das suas escolas. Doria é bom de marketing, mas a realidade da educação paulista é outra, bem diferente da propaganda.
Independência ou Morte (literalmente)
Além dos professores, que apontam a inviabilidade do plano farsesco de Doria, a nossa página recebeu muitos comentários de pais e mães de alunos que dizem que NÃO permitirão que os filhos saiam de casa no momento em que pandemia ainda avança, sobretudo no interior do estado.
De acordo com reportagem do jornal Agora São Paulo de quarta-feira, 24, “os docentes receberam a notícia com preocupação” e isso “pode levar à paralisação da categoria.” O retorno às aulas começará em 8 de setembro, após o feriado da Independência do Brasil.
Caberá aos professores agirem com independência e impedirem essa loucura. Doria, em fevereiro, ofendeu os professores, chamando-os de “preguiçosos”. Isso é apenas para lembrar que o governador não está preocupado a saúde dos profissionais da Educação ou com o bem-estar da comunidade escolar. Isso é para lembrar quem é, de fato, o governador.
Com informação do jornal Agora São Paulo