O programa orienta tratamento psicológico a quem não tem acesso e promove a divulgação do Centro de Valorização da Vida (CVV).
O programa orienta tratamento psicológico a quem não tem acesso e promove a divulgação do Centro de Valorização da Vida (CVV).

A cada 40 segundos uma pessoa morre por suicídio em algum lugar do mundo, totalizando mais de 800 mil mortes por ano. Essa é a segunda causa de morte em jovens entre 15 e 29 anos, responsável por 50% das mortes violentas entre homens e por 71% entre mulheres. No Brasil, são cerca de 11 mil a 12 mil mortes por suicídio todo ano.

Frente a essa realidade, aqui na Câmara Municipal o vereador Celso Giannazi é autor, junto com outros vereadores, da Lei Nº 17.237, que criou o Programa Municipal de Prevenção ao Suicídio e de Promoção do Direito ao acesso à Saúde Mental entre Jovens e Adolescente.

O programa orienta tratamento psicológico a quem não tem acesso e promove a divulgação do Centro de Valorização da Vida (CVV). Caso precise de ajuda, disque 188, o CVV vai te acolher sem criticar e conversar sem te julgar, você não está sozinho.

A Lei Nº 17.237 prevê:

  • Realização de palestras, discussões, rodas e eventos com especialistas que abordem o tema;
  • Exposição de cartazes e fomento de publicidade informativa sobre o Centro de Valorização da Vida (CVV) e seu número telefônico de atendimento (Disque 188);
  • Informação, por meio de folhetos e cartazes, de serviços para atendimento psicológico e psiquiátrico na rede pública de saúde;
  • Montagem, temporária ou permanente, em articulação com as Unidades Básicas de Saúde, com os Centros de Apoio Psicossocial e com os Consultórios na Rua, de centros de atendimento para diagnóstico primário e orientação de tratamento aos que apresentem sintomas de tentativa de suicídio;
  • Monitoramento de grupos em situação de vulnerabilidade para o desenvolvimento de ações interdisciplinares de promoção da saúde mental.

Além disso, o programa prevê abordagens específicas para pessoas em situação de vulnerabilidade social.

Vale lembrar que aproximadamente 75% dos casos de suicídio no mundo ocorrem em países de renda baixa que nem sempre dispõem de orientação e tratamento da saúde mental acessíveis a toda população. É fundamental que o Brasil adote nacionalmente as estratégias de prevenção ao suicídio recomendadas pela OMS, medidas simples de serem implementadas e de baixo custo que comprovadamente ajudam a diminuir a incidência de casos.

As medidas preventivas recomendadas pela OMS são:

  • Promover o suporte e a reabilitação das pessoas com comportamento suicida;
  • Melhorar o diagnóstico e o tratamento dos transtornos mentais;
  • Aumentar a atenção entre profissionais de saúde para suas próprias atitudes e tabus em relação à prevenção do suicídio e às doenças mentais;
  • Identificar e reduzir a disponibilidade e o acesso aos meios para se cometer o suicídio;
  • Aumentar o conhecimento através da educação pública sobre doenças mentais e seu reconhecimento precoce;
  • Auxiliar a mídia sobre como noticiar suicídios;
  • Incentivar a pesquisa na prevenção de suicídio;
  • Promover o treinamento de equipes de saúde e indivíduos-chave, como lideranças das comunidades;
  • Promover o suporte para familiares, amigos e pessoas próximas de indivíduos que faleceram por suicídio.