4,8 milhões de pessoas desistiram de procurar emprego, 7,3 milhões estão na subocupação, 11,7 milhões de brasileiros não têm carteira assinada e 24,2 milhões trabalham “por conta própria”. Mesmo diante desta realidade de estagnação econômica e aumento do trabalho precário, o presidente Jair Bolsonaro não fez absolutamente nada para reverter a situação em pouco mais de oito meses de governo.

“Não podemos esquecer que mais de 12,6 milhões de trabalhadores estão desempregados! Tenho denunciado enfaticamente os ataques aos direitos dos trabalhadores, seja na esfera municipal, estadual ou federal. Precisamos de investimentos e não retirada de direitos!”, reforçou o vereador Giannazi.

O desgoverno do desemprego

Pelo contrário, Bolsonaro não possui uma política pública sequer voltada para a geração de empregos e apoia ataques diretos aos direitos trabalhistas. O governo contribui para que a informalidade, falta de estabilidade e condições vulneráveis sejam o padrão do trabalho no Brasil atual.

Os dados do IBGE revelam que a escalada do trabalho informal ultrapassa recordes, atingindo o número nunca antes visto de 38.683 milhões de brasileiros, cerca de 41,3% da população ocupada. A discrepância salarial média entre trabalhadores formais e informais gira em torno de R$ 800,00.

Além disso, dos aproximadamente 2,2 milhões de postos de trabalhos gerados em 1 ano, cerca de 75% correspondem a vagas informais, e mais da metade do total, o equivalente a 1,192 milhão, foram de trabalhos “por conta própria”. Os números ainda indicam que falta trabalho para 28,1 milhões de brasileiros, 703 mil a mais do que o registrado há 1 ano.

Este cenário é reflexo do processo de ataques e destruição de direitos trabalhistas provenientes da reforma trabalhista de Michel Temer, que falhou com a promessa de ampliar a oferta de trabalho e ampliou a precarização do trabalho. Agora, foi aprovada a MP 881/19, a “Mirreforma Trabalhista” do governo Bolsonaro que altera trechos da CLT e impõe ainda mais retrocessos à classe trabalhadora.

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