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O novo coronavírus segue se espalhando pelo Brasil e, segundo dados da Abin, com a curva de progressão do vírus na China, Itália e no Irã sendo aplicada ao Brasil, em 6 de abril chegaremos a 5.571 mortos e 207.435 casos da doença. Para minimizar esses danos é fundamental que se abram novos leitos de UTI e, principalmente, que respiradores estejam à disposição dos pacientes em quadro grave.

As universidades públicas brasileiras saíram na frente em projetos para a manufatura em tempo recorde de respiradores mecânicos a custos bem mais baixos. Esses equipamentos são fundamentais para tratar pacientes em estado grave pelo coronavírus e os especialistas estimam que a demanda por esses respiradores deve chegar a 40 mil até o final de abril.

Consideradas antro da balbúrdia pelo ministro da Educação Abraham Weintraub, e mesmo sofrendo com o corte de recursos as universidades públicas comprovam mais uma vez o papel de destaque que ocupam na vanguarda científica e tecnológica. Na Escola Politécnica da USP, um projeto em fase avançada vai permitir que empresas montem esses equipamentos ao custo de apenas mil reais. Um respirador convencional não sai por menos de R$ 15 mil.

Enquanto o presidente tenta convencer a população brasileira de que a pandemia, que já matou mais de 35 mil pessoas em todo o mundo, não passa de uma “gripezinha“, o projeto vai permitir a construção desses ventiladores a partir de três semanas. Com isso, em cinco semanas será possível ter à disposição do Sistema Único de Saúde (SUS) milhares desses equipamentos.

Nos laboratórios do Programa de Engenharia Biomédica do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), pesquisadores também trabalham em um equipamento que poderá contribuir para suprir, de maneira emergencial, a crescente busca dos hospitais pelos respiradores.

Vale lembrar que os ventiladores pulmonares em desenvolvimento não pretendem ser mais completos que os ventiladores de última geração disponíveis nas UTIs. Pelo contrário, é um recurso simples e seguro, porém emergencial, que deve ser utilizado somente quando não houver um equipamento padrão disponível, como vai acontecer em diversas partes do Brasil que não contam com esse equipamento fundamental.