Nesta segunda-feira, 8, o retorno às aulas presenciais imposto pelo governador João Doria no estado de São Paulo iniciou oficialmente. No município, a data prevista é para o dia 15 de fevereiro. Segundo evidências e exemplos deste retorno forçado e precoce em outros países, há uma grande possibilidade do quadro da pandemia da COVID-19 se agravar ainda mais no estado e na cidade.
De acordo com dados da Secretaria Estadual de Saúde, ocorreram 49 mortes pelo vírus nas últimas 24h e 4.251 novos casos no estado de São Paulo, nenhum estado brasileiro teve mais novos óbitos confirmados do que SP em janeiro de 2021. No total, são 54.614 óbitos pela doença e 1.849.334 casos confirmados. A média diária de casos da última semana foi de 10.281, se assemelhando ao pico da pandemia no Estado, em agosto, mês em que a média móvel a cada 7 dias chegou a atingir 12.562 casos. O número de internações em UTIs está acima de 5 mil internados há 35 dias consecutivos.
O município de São Paulo chegou a 17.546 mortes até o dia 5 de fevereiro e 55 novas mortes neste mesmo dia, números que são superados apenas pela cidade do Rio de Janeiro.
A segunda onda de COVID só não supera o pico da primeira, entre os meses de junho e agosto. Portanto, o momento ideal de reabrir as escolas em SP é agora?
Segundo relatório do sistema público de saúde do Reino Unido, as escolas reabertas de forma precoce foram responsáveis por 3 vezes mais contaminações por COVID-19 do que hospitais desde outubro, totalizando 26% das infecções (2.722 de 10 mil). Apenas 8% das contaminações (816) foram rastreadas em hospitais no mesmo período. As escolas também foram responsáveis por mais contaminações do que ambientes como fábricas e escritórios.
Se a volta às aulas presenciais no Reino Unido ocasionaram o agravamento da pandemia, no Brasil e em São Paulo a situação poderá ser ainda pior. A terrível situação das escolas públicas administradas pelos tucanos em SP não é novidade: déficit de professores e ATEs, número insuficiente de trabalhadores da limpeza e alimentação, falta de reformas estruturais e condições para a reabertura durante a pandemia. O vereador Celso Giannazi já recebeu mais de 870 denúncias de casos e mortes por COVID só nos três primeiros dias de fevereiro e 7 escolas estaduais não puderam reabrir por conta de casos de Covid-19 no quadro de funcionários neste primeiro dia de retorno oficial.
Em decisão aprovada por 91,7% da categoria, segundo a APEOESP, professores da rede estadual estão em greve contra a medida genocida de retornar às aulas neste momento e contam com o apoio dos mandatos de Carlos Giannazi e Celso Giannazi. Se você também é a favor da vida, apoie esta luta!
Celso Giannazi e Carlos Giannazi lutam para que as aulas presenciais não retornem neste momento grave
Contrários ao genocídio da comunidade escolar imposto por Doria e Covas com a reabertura precoce das escolas, o vereador Celso Giannazi e o deputado Carlos Giannazi lutam, incessantemente, para barrar esta volta às aulas e acionaram o Ministério Público e outros órgãos, como a Secretaria de Saúde e a de Educação.
A ação Popular dos parlamentares contra a Prefeitura e o Governo do Estado de São Paulo pedindo que a Justiça suspenda o retorno em fevereiro ganhou destaque no jornal Folha de São Paulo e o abaixo-assinado contra a volta às aulas até que não haja a vacinação da comunidade escolar conta com quase 40 mil assinaturas. CLIQUE AQUI PARA ASSINAR TAMBÉM!
Celso Giannazi é autor de projetos como o Projeto de Lei 03/2021, que propõe suspender as aulas presenciais na Rede Municipal de Ensino até a realização da vacinação contra a COVID-19 de todo o quadro dos profissionais da Educação, da rede direta e parceira, e da comunidade escolar. Clique aqui para ver todos os projetos apresentados pelo vereador para barrar o retorno presencial das aulas.
Carlos Giannazi fiscaliza estado da EE Dr. Francisco Brasiliense Fusco.
Ao lado do dep. Carlos Giannazi, também organizou um ato contra a volta às aulas antes da vacinação. Ambos os parlamentares também estão visitando escolas municipais e estaduais diariamente para fiscalizar as condições dos locais. Acesse todos os vídeos das visitas clicando aqui.
Para mapear a volta às aulas, Giannazi lançou um formulário para o levantamento de dados de contágio e óbitos pela Covid-19 nas escolas municipais e criou o Raio X da Educação, reunindo dados, fotos e vídeos com para provar na Justiça e no MP que não existem condições seguras para o retorno. Celso Giannazi e Carlos Giannazi também lançaram o Conselho Emergencial em Defesa da Vida e da Educação.
O empenho de João Doria e Bruno Covas para impor aulas presenciais neste momento é inexplicável e extremamente perigoso, porém a nossa luta contra esse absurdo não vai parar.