No final de março, após já ter imposto a reabertura irresponsável das escolas no auge da pandemia, o governador de São Paulo, João Doria, anunciou, após muita luta da comunidade escolar, a vacinação dos profissionais da Educação.
O anuncio da imunização foi uma grande conquista da mobilização da classe escolar, evidentemente. Entretanto, foi uma vitória parcial, pois o governador incluiu no plano de vacinação apenas os profissionais acima de 47 anos.
Recentemente, no dia 13 de maio, Rossieli Soares, secretário estadual de Educação, chegou a pedir a reabertura das escolas “independente da vacina”.
Atualmente, a imunização dos educadores está paralisada. Não há sequer uma previsão ou um planejamento divulgado para incluir os 525 mil profissionais das redes públicas e privada – a maioria – abaixo dos 47 anos. O governo anunciou que iria contemplar cerca de 350 mil educadores com a vacinação inicial, no entanto 320 mil foram atendidos.
É inegável que as aulas presenciais precisam retornar o mais rápido possível. Porém, não há condições sanitárias para que isso aconteça atualmente, visto que o retorno só será seguro para a comunidade escolar (alunos, responsáveis e profissionais da educação) com a vacinação de todos, pois essa é a única forma de evitar mais mortes.
Os transportes públicos seguem lotados desde o início da pandemia e, devido ao sucateamento e abandono do ensino público por parte dos governos tucanos, grande parte das escolas não possuem as condições para garantir a segurança de todos. São necessárias reformas estruturais, as salas de aula não têm a ventilação adequada, educadores denunciam a escassez de Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) e faltam profissionais nas escolas para garantir os protocolos sanitários.
Em março, São Paulo havia autorizado o retorno das aulas, fato que contribuiu para o agravamento da pandemia. O estado chegou a ter, no mês em questão, 1.021 mortes pelo coronavírus em um dia, equivalendo 3 mortes a cada 4 minutos.
Desde o dia 26 de janeiro deste ano, o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) realiza um levantamento periódico da incidência da covid-19 nas escolas e mostra que, desde então, 2453 pessoas que frequentaram escolas de SP contraíram o vírus e 89 morreram. Segundo o governo do Estado, são 5.651 casos e 39 óbitos desde janeiro.
Ou seja, o retorno precoce das aulas no atual momento, no qual o Brasil segue no auge da pandemia, a média móvel de mortes por covid-19 voltou a subir e o país passou de 435 mil óbitos pela doença (o segundo com mais mortes no mundo), transforma as escolas em um “covidário”, mesmo com a vacinação dos profissionais da Educação acima dos 47 anos.
Portanto, só com a vacinação de toda a comunidade escolar será possível retomar as aulas presenciais com segurança.
Celso Giannazi luta pela vacinação dos profissionais da educação
Desde o começo da pandemia, o vereador Celso Giannazi e o deputado Carlos Giannazi lutam para que todos os profissionais da Educação sejam imunizados para garantir a vida das pessoas e, posteriormente, possibilitar que as aulas presenciais voltem. O vereador e o deputado também estão ao lado dos educadores na Greve Pela Vida, exigindo a vacinação destes profissionais.
Abaixo, confira todas as ações dos parlamentares em defesa do direito à vacina:
- Vereador Celso Giannazi e deputado Carlos Giannazi acionam o MP para que seja apresentado um calendário de vacinação e que TODOS sejam imunizados até o início do 2º semestre;
- Depois de acionar o MP, Celso Giannazi e Carlos Giannazi entram na justiça para que seja divulgado um calendário de vacinação;
- Vereador Celso Giannazi e deputado Carlos Giannazi acionam o MP contra a exclusão da vacinação de trabalhadores da Educação;
- Giannazi pede que profissionais do MOVA e educadores que trabalham com jovens em situação de vulnerabilidade ou privados de liberdade sejam incluídos nos grupos de vacinação;
- Projeto de Celso Giannazi inclui profissionais da Educação, pessoas de grupos de risco e servidores nos grupos prioritários de vacinação;
- Vereador Giannazi questiona a SME sobre os critérios de imunização dos profissionais da Educação.