UTIs lotadas. Foto de Anna Shvets: https://www.pexels.com/pt-br/foto/monitor-de-frequencia-cardiaca-3845129/
UTIs lotadas. Foto de Anna Shvets: https://www.pexels.com/pt-br/foto/monitor-de-frequencia-cardiaca-3845129/

Nas últimas 24 horas desta quarta-feira, 22, o estado de São Paulo registrou recorde de novos casos de coronavírus: 16.777 casos novos contaminados e 361 novas mortes. O total de casos no Estado está em 439.446 e 20.532 óbitos.

Em consequência da quebra do recorde de novos casos, estão as lotações nos leitos de UTI dos hospitais municipais: o Hospital Municipal da Brasilândia e o Hospital da Cruz Vermelha, unidades abertas após pressão e luta do vereador Celso Giannazi, chegaram a 92% e 100% de ocupação respectivamente. A região da Brasilândia é uma das mais afetadas pela COVID-19 na cidade de São Paulo.

Segundo estudo do pesquisador do Centro de Pesquisa Clínica e Epidemiológica do Hospital Universitário da USP, Marcio Bittencourt, que teve acesso aos dados de hospitais particulares e buscou informações sobre os números dos hospitais públicos, a taxa de ocupação dos leitos privados e municipais subiu na cidade de São Paulo.

O avanço do coronavírus em SP é reflexo da política genocida de João Doria e Bruno Covas, que determinaram a precoce reabertura da cidade e do estado e, como consequência, houve o aumento da circulação do vírus. Os tucanos ainda insistem em reabrir escolas e flexibilizar o isolamento social cada vez mais, mesmo com a pandemia longe de estar sob controle e sem qualquer perspectiva de melhora no quadro.

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Covas não abre novos hospitais e sobrecarrega leitos de UTI

O Hospital Municipal da Brasilândia e o Hospital da Cruz Vermelha estavam fechados até meados de abril, quando a pandemia já assombrava a cidade de São Paulo há mais de um mês. Atualmente, a unidade da Brasilândia encontra-se sobrecarregada, com mais de 100 dos 115 leitos de UTI ocupados.

O prefeito Bruno Covas trabalha na contramão da Saúde e não abre novos hospitais que seriam essenciais para o tratamento dos pacientes, como o Hospital Santa Cecilia que permanece com as portas fechadas desde o final de 2019 e pode abrigar 400 leitos de UTI na região central da cidade de São Paulo.

Confira as ações de Giannazi pela reabertura dos hospitais de SP

Ao contrário do recomendável, Covas fechou hospitais, como o Hospital de Campanha do Pacaembu, fechado no fim de junho. Na semana passada, a Prefeitura de São Paulo ainda anunciou o fechamento de mais de 500 leitos no Hospital de campanha do Anhembi a partir do primeiro dia de agosto, logo após a pandemia avançar consideravelmente na cidade.

Os hospitais de campanha abertos por Covas são administrados pelas Organizações Sociais de Saúde (OSS), envolvidas em investigações de corrupção nos contratos com a Prefeitura e violações aos direitos dos trabalhadores. Agora, após muitas polêmicas, estão sendo fechados enquanto o quadro da pandemia continua grave.

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A luta de Giannazi pela abertura de hospitais

O vereador Celso Giannazi trava luta pela abertura de hospitais desde antes da pandemia. Diante da crise causada pelo novo coronavírus, que expôs as os desmontes e sucateamentos do sistema público de saúde impostos por Bruno Covas, o vereador iniciou a campanha #ReabreJá e fez diligências em diversos hospitais fechados da cidade e exigiu sua reabertura imediata para que fortaleçam o sistema público de saúde no enfrentamento do novo coronavírus. Além de visitar as unidades, Giannazi também apresentou o PL 162/2020, que propõe a reabertura e reforma do Hospital Sorocabana. Confira os hospitais que Celso Giannazi visitou:

  • Hospital Santa Cecília: fechado em dezembro de 2019, pode abrigar 400 leitos de UTI na região central da cidade de São Paulo.
  • Hospital da Cruz Vermelha: com capacidade para até 500 leitos, o hospital que fica na região do Aeroporto de Congonhas reabriu parcialmente após pressão de Giannazi e atualmente encontra-se superlotado. O vereador está em luta pela sua abertura completa.
  • Hospital Evaldo Foz: fechado há mais de 10 anos, o hospital conta com 7 pavimentos que poderiam abrigar pelo menos 300 novos leitos na região do Campo Belo.
  • Hospital Brasilândia: aberto após pressão de Giannazi, atualmente encontra-se quase lotado, com 106 de seus 115 leitos ocupados.
  • Hospital São Leopoldo: localizado na Zona Sul, a unidade está fechada desde 2011 e poderia abrigar 200 novos leitos de UTI.

Giannazi também lançou a campanha: “REABRE JÁ! CADA BANCO ADOTA UM HOSPITAL”, que cobra uma dívida bilionária de R$ 9,1 bilhões dos maiores bancos do país (Bradesco, Itaú, Santander e Banco do Brasil) com São Paulo e destina os recursos para o investimento em Saúde. O abaixo-assinado da campanha contou com mais de 1200 assinaturas.

Pela Saúde Pública, o vereador exigiu a convocação imediata de profissionais da Saúde aprovados em concursos e também acionou o MP pela reabertura e reforma do Hospital Sorocabana e denunciou a falta de EPI’s nos hospitais. Giannazi também apresentou o Projeto de Lei 154/2020, que institui abono salarial para profissionais da saúde que estão enfrentando a COVID-19.

Celso Giannazi também teve duas ações aprovadas que destinam recursos para hospitais públicos: o PL 305/2020, que suspende por 12 meses a realização de sorteios do Programa Nota do Milhão e destina os recursos acumulados (R$ 13.000.000,00 – treze milhões de reais) para o HSPM e o Requerimento 247/2020, que libera um Crédito Suplementar de R$ 300 milhões para a saúde e abertura de novos leitos de UTI.

Giannazi também está em luta para barrar o relaxamento das medidas de isolamento social na cidade e contra a volta às aulas em meio à pandemia. Confira a campanha “Volta Às Aulas Não! A vida não tem segunda chamada”.