Governador de São Paulo João Doria. Foto: Governo do Estado de São Paulo
Governador de São Paulo João Doria. Foto: Governo do Estado de São Paulo

Após apresentar sua proposta genocida do retorno às aulas presenciais para setembro, o governador de São Paulo João Doria solicitou ao centro de contingência contra o coronavírus (comitê do governo de São Paulo que coordena a quarentena no Estado) uma reavaliação da volta às aulas presenciais.

A solicitação da reavaliação veio à tona após Eduardo Massad, matemático e professor titular da Escola de Matemática Aplicada Fundação Getúlio Vargas (FGV), realizar uma projeção de 17 mil óbitos de jovens e crianças em todo o país caso as aulas retornem em meio à pandemia. O estudo foi divulgado no seminário da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) com especialistas do Instituto Butantan sobre coronavírus, transmitido na TV Globo.

“Em função dessas novas informações, a gente pediu para que o centro de contingencia, que tem discutido isso com o secretário da educação, faça uma reavaliação daquilo que já foi definido. Tão logo nós tenhamos essas informações, a gente vai trazer aqui para a entrevista coletiva”, explicou João Gabbardo, médico e coordenador-executivo do centro de contingência contra o coronavírus.

Entenda porque a volta às aulas proposta por João Doria é perigosa

O matemático Eduardo Massad explicou sua projeção: “Nós temos hoje no Brasil 500 mil crianças portadoras do vírus zanzando por aí. Se você reabrir agora em agosto, mesmo usando máscara, mesmo botando distância de dois metros. No primeiro dia de aula nós vamos ter 1.700 novas infecções, com 38 óbitos. Isso vai dobrar depois de 10 dias e quadruplicar depois de 15 dias. 300 e poucas crianças abaixo de 5 anos morreram no Brasil. Se a gente reabrir as escolas, nós vamos chegar a 17 mil. São 17 mil crianças que vão morrer e não precisariam morrer. Todo o resto dos problemas vocês consegue dar um jeito e resolver. Nós estamos falando de vidas. Se a gente abrir sem um planejamento muito preciso e um controle muito grande, o que vai acontecer é que vai morrer 17 mil crianças contra 300 e poucas no curso natural da epidemia, com as escolas fechadas”.

Ainda no seminário, Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, criticou duramente a absurda reabertura de São Paulo e os parâmetros usados para fazê-la: “Considerando o que nós temos mantido de isolamento social, abaixo de 50%, em torno de 45% no estado como um todo, nós vemos essa espécie de platô. A alternativa a isso seria aumentar as medidas de isolamento para 70%, com isso nós seguramente teríamos um comportamento diferente da epidemia”, afirmou o especialista.

O diretor do Butantan ainda explicou que com o baixo índice de isolamento social e com a reabertura precoce baseada na falsa ideia de estabilização de contaminações, a alta taxa de mortalidade e a situação atual da epidemia no Estado serão mantidas pelo menos até o fim do ano.

Volta às aulas NÃO! Giannazi sempre lutou para barrar o precoce retorno às aulas

Desde 24 de junho, quando a gestão Doria/Covas anunciou a volta às aulas presenciais para setembro, o vereador Celso Giannazi se posicionou contra a determinação e realiza uma luta intensa para que jovens, crianças e funcionários da Educação não retornem às atividades presenciais em meio à pandemia da COVID-19.

A proposta de Doria não condiz com a realidade das escolas públicas e o retorno pode impulsionar o número de mortos pela COVID-19, pois coloca sob risco de contágio milhões de avós, pais, alunos e profissionais da educação, que fazem parte da comunidade escolar.

Quem são essas pessoas que fazem parte da comunidade escolar da rede pública de ensino? São em sua maioria pobres e negros. São em sua maioria mulheres. Vidas descartáveis para necropolítica de João Doria. O plano do governador claramente contempla a realidade das escolas particulares, que fazem lobby pela retomada. Contudo, a proposta não considera que faltam nas escolas públicas recursos humanos, materiais e estruturais para promover segurança a todos e todas. 

Com estes fatos em mente, Giannazi lançou a campanha “Nem plantão, nem volta às aulas. Salvar vidas na Educação!”, em que realizou um ato-live com participação popular para protestar contra o retorno, produziu uma série de conteúdos expondo os perigos da volta às aulas e dos plantões escolares e junto com o deputado Carlos Giannazi, educadores e educadoras, organizou um ato em frente a Câmara Municipal para protestar contra o plano criminoso João Doria.

Giannazi e manifestantes no ato em frente a Câmara Municipal

Nesta semana, com foco voltado exclusivamente à genocida volta às aulas, Celso Giannazi lançou a nova campanha “Volta às aulas NÃO! A vida não tem segunda chamada”, em que o vereador está produzindo uma série de conteúdos explicando o porquê do retorno presencial ser tão perigoso e denunciando a caos histórico na Educação promovido por Doria e Covas. Confira o vídeo introdutório da iniciativa:

Desde março, o vereador Celso Giannazi e o deputado Carlos Giannazi estão em luta pelo FECHAMENTO TOTAL das escolas:

  • Acionaram o Ministério Público pela suspensão imediata das aulas e pelo fechamento total das escolas;
  • Criaram o abaixo-assinado que conta com cerca de 20 mil assinaturas;
  • Acionaram o Ministério Público pela responsabilização de João Doria e Bruno Covas pelo adoecimento dos profissionais da Educação obrigados a trabalhar;
  • Acionaram a Procuradoria-Geral de Justiça, Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT) contra os plantões absurdos que mantém o Quadro de Apoio, a equipe Gestora e os terceirizados nas escolas durante a pandemia;
  • Oficiaram a Prefeitura exigindo o fim dos plantões nas escolas;
  • Denunciaram os plantões presenciais nas tribunas virtuais da Câmara e da Alesp e no Colégio de Líderes da Câmara;
  • Organizaram debates virtuais pelo fim dos plantões nas escolas;
  • Celso Giannazi apresentou o projeto de lei 215, que dispõe sobre o regime de teletrabalho dos Profissionais da Educação durante a período de combate a COVID-19;
  • Realizaram ato-live que mobilizou milhares em torno da luta contra os plantões nas escolas.

Você pode acompanhar toda a luta do vereador Celso Giannazi pela Educação em meio à pandemia clicando aqui e para não perder nenhuma live, clique aqui, siga a página oficial do vereador e veja todas as lives, as antigas e as futuras!