Em frente à Secretaria Estadual de Ensino, educadores se uniram no ato contra a volta às aulas presenciais.
Em frente à Secretaria Estadual de Ensino, educadores se uniram no ato contra a volta às aulas presenciais.

O deputado Carlos Giannazi, o vereador Celso Giannazi e profissionais da educação realizaram um Ato simbólico, seguindo todas as recomendações sanitárias, para protestar contra a volta às aulas presenciais. O evento foi realizado em frente à Secretaria Estadual de Educação, na praça da República, às 11 horas da manhã de hoje.

Além de denunciarem a reabertura das escolas, os participantes homenagearam os profissionais da Educação e alunos que morreram em consequência da volta às aulas. No Ato, os manifestantes levaram faixas, cruzes e coroas de flores para simbolizar a morte de trabalhadores da Educação e estudantes.

Celso Giannazi e Carlos Giannazi já acionaram o Ministério Público e o Tribunal de Justiça de São Paulo contra a volta às aulas presenciais e seguem na luta ao lado da comunidade escolar contra o genocídio da educação.

Educadores levaram cruzes, faixas e coroas de flores em homenagem a profissionais da educação e alunos que morreram pela covid-19.

Impor a volta às aulas para agora é uma medida genocida

O Brasil voltou a bater o recorde com a pior média de óbitos pelo coronavírus, com 3.125 mortes por dia na última semana. No total, são 13.601.566 casos e 358.718 óbitos por covid-19, segundo o consórcio de veículos de imprensa. Em São Paulo, foram registradas 2.095 mortes nas últimas 24h, o maior número já visto no estado.

Mesmo com a pandemia no auge, nesta quarta-feira, 13, as aulas presenciais retornaram na rede estadual por ordem do governador João Doria. Na rede municipal, Bruno Covas mandou abrir as escolas na última segunda-feira.

O Sindicato dos Hospitais, Clínicas, Laboratórios e Demais Estabelecimentos de Saúde do Estado de São Paulo (SindHosp) realizou um levantamento com 93 hospitais de 12 das 17 regionais e constatou um número preocupante: o número de internações de crianças nos hospitais privados aumentou 47% entre os dias 8 e 11 de março. Os dados correspondem ao período após o retorno das aulas presenciais em fevereiro, antes do estado entrar na Fase Emergencial do Plano São Paulo.

A Agência Brasil também divulgou uma pesquisa com base nos balanços divulgados pela Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo e apurou que entre o 1° dia de janeiro até 12 de março, 22 crianças morreram devido à covid-19, número 40% maior do que o ano passado inteiro.

O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) mapeou o número de contaminações e óbitos em decorrência do coronavírus nas escolas do Estado. São 2360 casos e 69 óbitos em 1077 escolas até o momento. Na rede municipal, segundo dados da COGESS, as contaminações pelo vírus cresceram 525% entre 18 de fevereiro e 18 de março, período que as aulas presenciais retornaram na rede, totalizando 646 casos na média mensal.

O ato é um protesto necessário contra os ataques de Doria e Covas à vida da comunidade escolar, já que o governador insiste na volta às aulas presenciais mesmo com os perigos iminentes. A manifestação também ressaltou o movimento da greve sanitária dos educadores pela vida. Não é momento das aulas presenciais retornarem!

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