Novo projeto de Covas ataca a Educação e todos estão receosos com o retorno às aulas presenciais.
Novo projeto de Covas ataca a Educação e todos estão receosos com o retorno às aulas presenciais.

Desde o início da crise do coronavírus, o Estado e a cidade de São Paulo são o epicentro da pandemia. A curva de contaminações não regride há 4 meses e o número de mortes continua assombroso: só na semana passada, foi registrada uma alta de 14% nos óbitos em relação a semana anterior, sendo 1.945 novas mortes por COVID-19 no Estado. Mesmo com essa situação caótica e sem perspectiva de melhora no quadro da pandemia, João Doria e Bruno Covas insistem no retorno às aulas presenciais para o dia 8 de setembro e o prefeito apresentou o absurdo e oportunista Projeto de Lei 452/2020, que amplia os riscos para alunos e profissionais da Educação e aprofunda as políticas privatistas.

Entre os principais pontos do Projeto, está a ampliação dos vouchers da Educação. O Projeto instaura a comercialização de vagas na Educação Infantil, promovendo a compra de vagas em escolas particulares e destinando verba pública para os empresários da Educação. Além de violar os direitos das crianças, a proposta fere o Artigo 213 da Constituição Federal, que veda a transferência de recursos públicos para empresas privadas.

Outros tópicos do PL de Covas são aulas extras/integrais e a aprovação automática dos alunos. Covas quer instituir atividades extracurriculares para a “recuperação” dos estudantes assim que as aulas retornarem que, segundo seu plano, será em meio à pandemia. O prefeito colocará estudantes e profissionais da Educação em um risco ainda maior impondo a ampliação das horas curriculares e desrespeita a autonomia e a gestão democrática das escolas. O PL 452 ainda prevê que a Secretaria Municipal de Educação (SME) pode definir quais escolas serão de período integral, retirando assim, a autonomia dos projetos políticos pedagógicos das escolas.

Alunos voltam às aulas sem uniforme e material escolar

O deficit da rede é anterior a pandemia. Já são mais de 5 mil cargos vagos e segundo o PL de Covas, haverá a contratação de temporários para reposições e os aprovados nos concursos da Educação seguirão SEM serem convocados. O prefeito também avança na precarização do trabalho, atacando os concursos e aumentando de 5% para 20% o número de contratos permitidos. As escolas precisam destes profissionais, mas parece que pelo prefeito, eles nunca serão chamados.

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Além de todos os ataques do Projeto, Bruno Covas não apresentou qualquer medida para garantir a segurança alimentar dos alunos, pois muitos dependem da merenda escolar e estarão sob grande risco com a volta às aulas com o vírus circulando e o prefeito não parece preocupado em oferecer o suporte necessário em relação à alimentação dos estudantes.

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O criminoso projeto do prefeito será votado nesta quarta-feira, 22, e Giannazi fará pressão para barrar sua aprovação.

Comunidade escolar tem razão em estar com medo do retorno

Eduardo Massad, matemático e professor titular da Escola de Matemática Aplicada Fundação Getúlio Vargas (FGV), realizou uma projeção de 17 mil óbitos de jovens e crianças em todo o país caso as aulas retornem em meio à pandemia.

O infectologista do Instituto Emílio Ribas, Francisco Ivanildo de Oliveira Júnior, disse em entrevista ao podcast “Folha na sala”, do jornal Folha de São Paulo, que uma volta às salas de aula só pode ser feita de forma segura se houver uma tendência de diminuição da curva de contágios e mortes, o que não é o caso de São Paulo nem do país. O infectologista ainda apontou que, mesmo que as crianças façam parte de um grupo de risco menor, não é só de alunos que se faz uma escola. Professores, funcionários da limpeza, Quadro de Apoio, gestores, pais e responsáveis também estarão sujeitos à contaminação pelo vírus.

A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), realizou um estudo intitulado Trabalho Docente em Tempos de Pandemia e recebeu mais de 15 mil relatos de professores das redes municipais, estaduais e federal e uma das principais preocupações dos profissionais é em relação ao retorno às salas de aula. Segundo a pesquisa, 69% dos professores constataram insegurança para a volta às aulas.

No fim de junho, o instituto de pesquisa Datafolha entrevistou 2.016 pessoas em todo o país e para 76% deles, as escolas devem permanecer fechadas. Entre os entrevistados, há pais e responsáveis que também estão, em sua maioria, preocupados com o retorno.

Giannazi é contra o PL de Covas e segue na luta para barrar o retorno às aulas presenciais

No Colégio de Líderes desta última terça-feira, 21, o vereador Celso Giannazi expôs o caráter nefasto do PL 452 e afirmou que lutará contra sua sanção, inclusive obstruindo a pauta, que viola a gestão democrática, ataca o direito à educação, amplia a precarização e privatização das escolas e coloca em risco a vida de alunos, trabalhadores e da comunidade escolar com a proposta de volta às aulas em meio à pandemia.

O vereador também lançou a campanha “Volta às aulas NÃO! A vida não tem segunda chamada” para fortalecer a luta contra o plano de reabertura das escolas.

Na campanha, Giannazi está produzindo uma série de conteúdos explicando o porquê do retorno presencial ser tão perigoso e denunciando a caos histórico na Educação promovido por Doria e Covas.

GIANNAZI CONVERSA COM COMUNIDADE ESCOLAR SOBRE O RETORNO ÀS AULAS PRESENCIAIS

Ainda contra a criminosa proposta de volta às aulas, o mandato de Celso Giannazi e Carlos Giannazi se uniram em atos na Câmara Municipal e diante da DRE Capela do Socorro, na zona sul da capital, para protestar contra o genocídio que Doria e Covas planejam executar.

Ato na DRE Capela do Socorro

Em sua página oficial, Giannazi realiza lives diárias, com muitas tratando sobre o precoce retorno às aulas presenciais. Clique aqui para acessar as lives e seguir o vereador para não perder nenhuma.