Greve da educação pela vida
Greve da educação pela vida

A Greve dos Educadores pela Vida terminou na noite da última segunda-feira, 8, e foi uma das mais duradouras do estado e da cidade de São Paulo. Os profissionais da Educação lutaram incansavelmente durante 118 dias contra o retorno autoritário das aulas presenciais durante a pandemia, imposição que começou no dia 10 de fevereiro deste ano, momento em que o país caminhava para a devastadora 2ª onda da crise do coronavírus.

De janeiro a abril de 2021, a covid-19 já havia matado mais brasileiros do que em todo o ano passado. Em 113 dias do ano, foram registradas 195.949 mortes, contra 194.976 em 289 dias da pandemia em 2020, segundo o consórcio de veículos de imprensa.

Em janeiro, São Paulo já havia autorizado a reabertura com as aulas de reforço e posteriormente impôs o retorno definitivo, fato que contribuiu para o agravamento da pandemia. O estado chegou a ter, em março, com as aulas presenciais em andamento, 1.021 mortes pelo coronavírus em um dia, equivalendo 3 mortes a cada 4 minutos. A Greve evitou que ainda mais vidas fossem perdidas.

5 argumentos para rebater quem defende aulas presenciais na pandemia

Deputado Carlos Giannazi ao lado do vereador Celso Giannazi no ato de 100 dias da greve pela vida.

Além desses indicadores assustadores, o Brasil está atrasado na vacinação. No último domingo, 6, o país caiu duas posições e está em 66º no ranking global de imunização na relação a cada 100 habitantes. Cerca de 23% dos brasileiros receberam a 1ª dose e somente 10% da população recebeu as duas doses.

Tendo estes dados em vista, a pergunta que paira é: faz sentido as escolas reabrirem?

Os educadores têm a resposta desde fevereiro: não!

Em São Paulo, somente em abril os profissionais acima de 47 anos puderam tomar a vacina. Só agora, em junho, trabalhadores da Educação Básica de 45 a 46 anos estão autorizados a receber o imunizante e a vacinação dos educadores acima dos 44 anos está prevista somente para julho. Não há condições para as aulas presenciais retornarem sem que a comunidade escolar esteja vacinada.

Ato em apoio aos 100 dias de Greve pela vida.

A Greve sempre teve um só objetivo: salvar vidas. Os trabalhadores não requisitam aumento de salário e nem melhores condições trabalhistas, mas sim o seu direito de viver. Entretanto, os profissionais sofrem constantes perseguições e ataques que violam o direito constitucional da greve, como cortes de salário, contabilização de faltas e processos administrativos.

O vereador Celso Giannazi e o deputado Carlos Giannazi estão ao lado dos profissionais desde que a Greve começou. Em todos os dias de luto e luta pela Educação, o vereador apresentou diversos projetos de lei em defesa da vida, como o PL 150/21, que reajusta o valor do cartão merenda para até R$ 300, garantindo a alimentação dos estudantes. Veja os principais projetos apresentados:

  • PL 03/21 – Autoriza o Poder Executivo a suspender aulas presenciais;
  • PL 13/21 – Inclui profissionais da Educação (das redes pública e privada), pessoas com deficiência, gestantes, integrantes de comunidades indígenas e quilombolas, entre outros, nos grupos prioritários de vacinação;
  • PL 30/21 – Estabelece medidas para o retorno seguro das aulas presenciais;
  • PL 94/21 – Garante o teletrabalho às profissionais terceirizadas durante a gestação e lactação;
  • PL 173/21 – Garante transparência dos índices de contaminação por COVID nas escolas;
  • PDL 07/21 – Inclui gestores, QA, funcionários de limpeza e merenda no recesso;
  • PDL 10/21 – Susta o Decreto da Morte e impede a volta às aulas presenciais mesmo após o fim da fase emergencial;
  • PDL 19/21 – Garante o teletrabalho aos servidores enquanto durar a pandemia.
100 dias da Greve

Celso Giannazi também entrou com 5 Ações Populares na Justiça, juntamente com o deputado Carlos Giannazi. Entre elas, a ação pelo fechamento das escolas durante a pandemia, que foi vitoriosa, porém acabou cassada pelo presidente do Tribunal de Justiça. Os mandatos dos parlamentares recorreram ao Superior Tribunal Federal (STF) para que julgue a liminar e também o mérito. 

Julga STF: aulas da morte não! Clique aqui e assine o abaixo-assinado.

Foram apresentadas 6 representações junto ao Ministério Público (MP) denunciando a falta de estrutura das escolas e de pessoal para o cumprimento dos protocolos sanitários. Entre as ações, está a denúncia a respeito da não entrega dos tablets, a ação pela divulgação do calendário de vacinação e para que todos os profissionais da Educação sejam imunizados até o início do 2º semestre (que também foi encaminhada à Justiça) e outra sobre a testagem da morte promovida pela Prefeitura, que foi acatada e está sendo investigada por um Inquérito do MP.

Atos da Greve Pela Vida.

Outra denúncia do vereador Giannazi é sobre as condições sanitárias das escolas municipais. O parlamentar acionou o Tribunal de Contas do Município, que fará uma série de auditorias para investigar a questão.

Giannazi visitou 40 escolas para verificar as condições sanitárias e realizou 7 reuniões com o MP, TCM e secretarias, além de encaminhar 37 ofícios a estes órgãos e apresentar 3 Moções e 4 Indicações, como a inclusão dos trabalhadores do MOVA na vacinação. Por exemplo, o ofício à Prefeitura contra a determinação da volta às aulas presenciais e a reunião com a Secretaria Municipal de Educação (SME) para levar as reivindicações da classe dos educadores e um abaixo-assinado contra a reabertura das escolas.

NEGOCIA, PREFEITO!

O vereador lançou 4 abaixo-assinados em defesa da comunidade escolar, que contam com mais de 50 mil assinaturas. O mandato de Giannazi também lançou 5 canais de denúncias para apurar as condições sanitárias das escolas, os casos e mortes por covid-19 nas unidades escolares, os assédios do poder público aos trabalhadores em greve e para apurar se os educadores estão conseguindo se vacinar.

Giannazi discursou 13 vezes no Plenário da Câmara sobre a Greve e o absurdo que envolve a volta às aulas presenciais na pandemia e, recentemente, entregou a carta de representantes da Greve à Presidência da Câmara para que ela seja encaminhada ao prefeito.

Primeiro dia da Greve.

No Comitê Emergencial de Crise da Educação, Celso Giannazi denunciou casos e mortes pela Covid nas escolas e exigiu a vacinação de toda a comunidade escolar antes da retomada das aulas presenciais. O vereador é membro titular da Comissão de Educação da Câmara e utiliza este espaço para defender os interesses dos profissionais da Educação desde antes da greve.

Giannazi participou de todos os atos em defesa da greve e organizou 34 lives contra a reabertura das aulas presenciais. Clique aqui e veja todas as lives e atos! Na última segunda-feira, o vereador esteve na vigília em apoio aos profissionais da Educação por conta da reunião de negociação entre a SME e o Fórum de Entidades. Assista o vídeo do ato!